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A Tensão de Hubble: Um Dilema Cósmico

Explorando a discordância na medição da taxa de expansão do universo.

Alvaro S. de Jesus, Matheus M. A. Paixão, Dêivid R. da Silva, Farinaldo S. Queiroz, Nelson Pinto-Neto

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Tensão de Hubble Tensão de Hubble Explicada expansão do universo. Desvendando o conflito nas medições da
Índice

A tensão de Hubble se refere à discordância entre dois métodos diferentes de medir a taxa de expansão do universo. Essa medição é conhecida como Constante de Hubble. Entender essa tensão é importante para o nosso conhecimento da estrutura e futuro do universo.

O que é a Constante de Hubble?

A constante de Hubble mede quão rápido as galáxias estão se afastando de nós à medida que o universo se expande. Quanto maior o valor dessa constante, mais rápido o universo está se expandindo. Métodos diferentes trazem valores diferentes para essa constante, levando à tensão atual nas medições.

Dois Métodos de Medição Diferentes

Existem duas maneiras principais de medir a constante de Hubble: medições de tempo tardio e medições do universo primordial.

As medições de tempo tardio focam em observar galáxias próximas e vários eventos astronômicos. Por exemplo, cientistas usam estrelas variáveis do tipo Cefeida, supernovas do tipo Ia e lentes gravitacionais para coletar dados. Essas observações resultam em um valor consistente e mais alto para a constante de Hubble.

Por outro lado, as medições do universo primordial utilizam dados do Fundo Cósmico de Micro-ondas (CMB). Essa luz antiga nos dá uma ideia do universo quando ele era muito mais jovem, fornecendo uma estimativa diferente, geralmente mais baixa, da constante de Hubble.

Discrepâncias nas Medições

A diferença significativa entre esses dois conjuntos de medições criou o que chamamos de tensão de Hubble. As medições de tempo tardio sugerem uma constante de Hubble em torno de 74 km/s/Mpc, enquanto as medições do universo primordial dão um valor em torno de 67 km/s/Mpc. Essa discrepância levanta questões sobre a nossa compreensão atual da cosmologia.

Possíveis Explicações para a Tensão de Hubble

Para resolver a tensão de Hubble, os cientistas exploram várias teorias e modelos. Uma possibilidade é que as medições do universo primordial estejam corretas. Nesse caso, os valores mais altos das observações locais podem vir de erros desconhecidos ou imprecisões no processo de medição, como problemas na calibração das estrelas Cefeidas ou modelos envolvendo supernovas do tipo Ia.

Alternativamente, os pesquisadores consideram que as medições de tempo tardio podem ser mais precisas, sugerindo que nosso modelo atual de cosmologia pode não estar totalmente correto. Isso leva os cientistas a pensar que novas físicas podem ser necessárias para explicar os valores observados.

O Papel da Matéria Escura

Uma área interessante de estudo está relacionada à matéria escura, uma forma de matéria que não emite luz e não é diretamente observável. A matéria escura interage com a matéria comum através da gravidade e constitui uma parte grande do conteúdo total de massa-energia do universo.

Se partículas de matéria escura relativísticas contribuem para o número efetivo de espécies relativísticas no universo, elas podem ajudar a resolver a tensão de Hubble. Essas partículas de matéria escura se comportariam como neutrinos adicionais durante o universo primordial, adicionando complexidade aos modelos cosmológicos existentes.

Partículas de Longa Duração e Produção de Matéria Escura

Em algumas teorias, partículas de longa duração são propostas como uma fonte de matéria escura. Essas partículas se desintegrariam em matéria escura e neutrinos, impactando a densidade total de energia e radiação no universo.

Essa desintegração torna energia adicional disponível, se comportando de forma semelhante a outras partículas fundamentais que estavam presentes durante o universo primordial. Como resultado, a produção de matéria escura a partir de partículas de longa duração poderia alterar nossa compreensão da taxa de expansão do universo.

Efeitos da Matéria Escura na Expansão

Quando a matéria escura é produzida dessa maneira, poderia aumentar o número total de espécies relativísticas. Esse aumento poderia então elevar o valor da constante de Hubble derivado das medições do universo primordial. A interação e o comportamento dessas partículas de matéria escura desempenham um papel em explicar a tensão observada.

Investigando a Física de Partículas

Os cientistas exploram vários modelos que incorporam tanto a matéria escura quanto partículas conhecidas do Modelo Padrão da física de partículas. Nesse contexto, os pesquisadores analisam processos de desintegração para diferentes tipos de partículas, como a matéria escura escalar, fermiônica e vetorial, para encontrar soluções viáveis para a tensão de Hubble.

Esses estudos giram em torno de teorias de campo efetivas que descrevem como diferentes partículas interagem e contribuem para a densidade de energia do universo. Compreender essas interações é essencial para reconciliar observações de diferentes regiões do cosmos.

A Importância das Futuras Medições

Medições precisas da constante de Hubble são vitais para entender o passado e o futuro do universo. Observações astronômicas em andamento e futuras ajudarão a reduzir as incertezas nessas medições.

Por exemplo, o Telescópio Espacial James Webb tem como objetivo melhorar as medições de distância para galáxias, o que poderia fornecer uma comparação mais clara entre as duas abordagens para determinar a constante de Hubble.

Considerações Finais sobre a Tensão de Hubble

A tensão de Hubble destaca a relação intrincada entre cosmologia e física de partículas. Enquanto os cientistas trabalham para resolver as discrepâncias nas medições, novas pesquisas sobre a matéria escura e suas propriedades continuam sendo um tema central.

Ao melhorar nossa compreensão da expansão do universo, os pesquisadores estão melhor posicionados para explorar as leis fundamentais da física e os mistérios que ainda estão por vir. À medida que novos dados surgem e teorias existentes são testadas, podemos eventualmente encontrar uma imagem coesa do cosmos que alinhe tanto as medições de tempo tardio quanto as do universo primordial.

Fonte original

Título: The Hubble Tension: Relativistic Dark Matter Production from Long-lived Particles

Resumo: The tension between direct measurements of the Hubble constant and those stemming from Cosmic Microwave Background probes has triggered a multitude of studies. The connection between cosmology and particle physics has shown to be a valuable approach to addressing the Hubble tension. In particular, increasing the number of relativistic degrees of freedom in the early universe helps alleviate the problem. In this work, we write down effective field theory describing relativistic dark matter production in association with neutrinos leading to a larger $H_0$. We derive limits on the effective energy scale that governs this relativistic production of dark matter as a function of the dark matter mass for fermion, vector, and scalar dark matter fields. In particular, scalar dark matter particles are more effective in increasing the effective number of relativistic species. Also, if they have weak scale masses, then the relativistic production of dark matter should be governed by Planck scale effective operators in order to alleviate the Hubble tension.

Autores: Alvaro S. de Jesus, Matheus M. A. Paixão, Dêivid R. da Silva, Farinaldo S. Queiroz, Nelson Pinto-Neto

Última atualização: 2024-09-23 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.15513

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.15513

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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