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# Física # Astrofísica das Galáxias

Entendendo a Formação de Buracos Negros Pesados tipo Semente

Um olhar sobre como os buracos negros supermassivos se formaram no início do universo.

Joe McCaffrey, John Regan, Britton Smith, John Wise, Brian O'Shea, Michael Norman

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Buracos Negros Pesados Buracos Negros Pesados Descobertos de buracos negros gigantes. Principais descobertas sobre a origem
Índice

Buracos Negros são objetos misteriosos no espaço que têm forças gravitacionais tão fortes que nada, nem mesmo a luz, consegue escapar deles. Eles se formam a partir dos restos de estrelas massivas depois que explodem em supernovas. No universo, a gente vê buracos negros de tamanhos diferentes, mas os maiores, conhecidos como buracos negros supermassivos, podem ter bilhões de vezes a massa do nosso Sol. Eles podem ser encontrados nos centros da maioria das galáxias, inclusive na nossa Via Láctea.

Formação de Buracos Negros Massivos

Uma pergunta chave na astronomia é como esses buracos negros massivos apareceram, especialmente no início do universo. Os cientistas acreditam que os primeiros buracos negros se formaram logo após o Big Bang, que aconteceu há cerca de 13,8 bilhões de anos. Existem dois tipos principais de buracos negros em termos de formação: buracos negros de sementes leves e buracos negros de sementes pesadas.

Buracos negros de sementes leves acreditam-se que se formam a partir das primeiras estrelas, conhecidas como estrelas da População III. Essas estrelas são muito massivas, mas os buracos negros que elas criam não atingem as grandes massas que vemos hoje sem um monte de material extra para "alimentá-los".

Buracos negros de sementes pesadas, por outro lado, podem começar muito maiores, permitindo que cresçam mais rápido. Eles podem crescer mais rapidamente porque conseguem acumular (ou coletar) mais material do ambiente ao seu redor de forma mais eficiente do que buracos negros mais leves.

O Papel da Matéria Escura e Ambientes Iniciais

No início do universo, a matéria escura teve um papel crítico na formação de buracos negros. A matéria escura é uma substância invisível que compõe cerca de 27% do universo. Ela não emite luz ou energia, tornando difícil detectá-la diretamente, mas tem massa e influencia como as coisas se movem no espaço.

Estruturas formadas pela matéria escura, conhecidas como halos, fornecem a atração gravitacional necessária para que o gás e outros materiais se reúnam, levando eventualmente à formação de estrelas e buracos negros. À medida que os halos de matéria escura cresciam e interagiam entre si, eles criavam as condições necessárias para a formação de buracos negros massivos.

Simulações das Condições do Início do Universo

Para entender como buracos negros de sementes pesadas se formam e crescem, os cientistas usam simulações por computador para modelar as condições no início do universo. Essas simulações permitem que os pesquisadores estudem como as galáxias e os buracos negros evoluem ao longo do tempo.

Nesses modelos, certas condições precisam ser atendidas para que buracos negros de sementes pesadas apareçam. Os halos precisam ser massivos o suficiente para esfriar e permitir a formação de estrelas. Eles também devem ter baixa metallicidade, o que significa que estão quase livres de elementos pesados que podem fazer estrelas se desintegrarem em vez de formarem um buraco negro.

Taxas altas de entrada de gás nesses halos também são necessárias. Essa entrada fornece os materiais necessários que os buracos negros precisam para crescer.

Identificando Condições para Sementes Pesadas

Para achar regiões onde buracos negros de sementes pesadas podem se formar, os cientistas procuram halos que atendam a critérios específicos:

  1. Limite de Resfriamento Atômico: O halo precisa ser massivo o suficiente para permitir que os átomos esfriem efetivamente. Esse resfriamento é vital para que o gás se aglomere e forme estrelas.

  2. Baixa Metallicidade: Halos também precisam ser pobres em metais. Metais resfriam o gás e fazem com que ele se fragmentem em pedaços menores, dificultando a formação de uma única estrela massiva.

  3. Alta Compactação: Halos compactos fornecem ambientes mais densos, que são mais favoráveis à formação de sementes pesadas. A densidade de um halo ajuda a determinar quão provável é que um buraco negro se forme em primeiro lugar.

  4. Alta Taxa de Entrada de Massa: O gás precisa fluir rapidamente para essas regiões para sustentar a formação e o crescimento de estrelas massivas, que podem colapsar em sementes pesadas.

Mecanismos de Crescimento

Uma vez que um buraco negro de sementes pesadas se forma, a próxima pergunta é como ele cresce. Existem dois processos principais:

  1. Acreção: Um buraco negro pode crescer puxando gás do seu entorno. Quanto mais gás ele conseguir coletar, maior ele fica. Esse processo é frequentemente modelado usando a fórmula de Bondi-Hoyle, que estima quanto de massa o buraco negro pode ganhar ao longo do tempo com base na densidade do gás ao redor.

  2. Fusões: Buracos negros também podem crescer através de fusões com outros buracos negros. Quando duas galáxias colidem, seus buracos negros centrais podem se juntar e se combinar em um buraco negro maior.

A Importância da Acreção vs. Fusões

No contexto da formação de buracos negros de sementes pesadas, a acreção geralmente desempenha um papel maior no crescimento em comparação com fusões. Enquanto fusões podem aumentar significativamente o tamanho de um buraco negro, elas acontecem com menos frequência do que o crescimento constante proporcionado pela acreção.

No entanto, entender ambos os métodos de crescimento é essencial para pintar um quadro completo de como os buracos negros se formaram no início do universo. Fusões também oferecem uma maneira de estudar as propriedades dos buracos negros usando ferramentas de observação atuais e futuras, como detectores de ondas gravitacionais.

Oportunidades de Observação com a LISA

A Antena Espacial de Interferometria a Laser da NASA (LISA) será lançada no futuro para observar ondas gravitacionais, que são ondulações no espaço-tempo causadas por objetos massivos como buracos negros em Fusão. A LISA ajudará os cientistas a identificar fusões de buracos negros binários, fornecendo insights valiosos sobre a população de buracos negros no início do universo.

O foco da LISA está nos buracos negros na faixa de massa intermediária, que se pensa serem comuns, mas ainda não foram observados de forma definitiva. Estudando essas fusões, os cientistas esperam aprender mais sobre as características dos buracos negros e suas contribuições para a estrutura das galáxias.

Buracos Negros em Fusão e Detecção de Sinais

Quando buracos negros se fundem, eles liberam energia na forma de ondas gravitacionais. Detectar esses sinais permite que os cientistas coletem informações sobre os buracos negros em fusão, incluindo suas massas e quão rápido estão se movendo.

A LISA tem a capacidade de detectar essas ondas gravitacionais mesmo de buracos negros que estão bilhões de anos-luz de distância. À medida que os buracos negros se fundem, a intensidade do sinal pode variar com base na massa dos buracos negros envolvidos e sua distância da Terra.

Comparando sinais da LISA com outros telescópios que medem radiação eletromagnética, os cientistas podem criar uma compreensão mais detalhada das populações de buracos negros.

Resumo das Descobertas

Cientistas que investigam buracos negros de sementes pesadas descobriram que:

  • Muitas condições precisam ser atendidas para que esses buracos negros se formem, incluindo massa adequada, baixa metallicidade e halos densos.
  • A acreção, ou a coleta de material ao redor, é o método principal para o crescimento de buracos negros, muito mais do que fusões.
  • Usar detectores de ondas gravitacionais como a LISA fornecerá insights sobre a população de buracos negros e seu crescimento no universo.
  • Observações de buracos negros de sementes pesadas podem ajudar a explicar a abundância de buracos negros supermassivos que telescópios atuais, como o Telescópio Espacial James Webb (JWST), já detectaram.

Conclusão

O estudo de buracos negros de sementes pesadas e seu crescimento no início do universo é crucial para nossa compreensão da formação e evolução das galáxias. À medida que nos preparamos para os próximos observatórios e missões, estamos otimistas em descobrir novas informações sobre essas estruturas cósmicas fascinantes. A interação entre acreção e fusões continuará sendo uma área-chave de estudo, ajudando-nos a desvendar mais mistérios do universo.

Fonte original

Título: A Heavy Seed Black Hole Mass Function at High Redshift -- Prospects for LISA

Resumo: The advent of new and near-future observatories probing the earliest epochs of the Universe has opened the opportunity to investigate the formation and growth of the first massive black holes (MBHs). Additionally, the use of high resolution cosmological simulations to investigate these high-redshift environments is needed to predict the dark matter halos in which these MBH seeds will form. We use the $\textit{Renaissance}$ simulations to analyse the formation and growth of so-called heavy seed black holes. Other past work has investigated the formation and growth of light (black hole) seeds with $\textit{Renaissance}$ and found that these black holes do not grow in the environments in which they reside. In this work we seed MBHs, in post-processing, and track accretion onto the MBHs as well as mergers with other MBHs at high-redshift. We show that the heavy seeds struggle to achieve high accretion rates with only the most massive black holes ($\gtrsim 10^5 \text{M}_\odot$) growing at close to the Eddington limit under optimistic conditions. Despite the lack of significant growth for these early MBHs, the signals from their merger events will be sufficiently strong (SNR $\sim 10^2$) to be probed by the next generation of gravitational wave observatories, such as $\textit{LISA}$. We predict that $\textit{LISA}$ will observe of the order of $10$ MBH merger events per year where the mergers occur at z $\gtrsim$ 10 or at least begin their early inspiral phase at z $\gtrsim$ 10.

Autores: Joe McCaffrey, John Regan, Britton Smith, John Wise, Brian O'Shea, Michael Norman

Última atualização: 2024-09-24 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.16413

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.16413

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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