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# Física# Teoria nuclear

Emissões gama em reações nucleares de hélio

Pesquisas destacam transições de dipolo magnético que afetam os espectros gama em colisões nucleares.

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Emissão de Gama emEmissão de Gama emReações de Héliosobre emissões gama na física nuclear.Estudo revela insights importantes
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Na física nuclear, certos tipos de colisões podem liberar energia na forma de raios Gama. Uma reação específica envolvendo o hélio-5 (5He) tem chamado a atenção por causa das suas potenciais aplicações em energia de fusão. Nessas colisões, só cerca de uma em cada poucas centenas de milhares de eventos leva à emissão de um fóton gama. O Espectro de energia resultante desses eventos mostra um pico bem marcado em torno de 16,7 MeV. Esse pico está ligado a um estado específico do hélio que é produzido durante a reação.

Entender os detalhes desses eventos que emitem gama é importante porque os pesquisadores estão tentando aproveitar a energia liberada durante reações nucleares para usos práticos. No entanto, medir esse espectro com precisão pode ser desafiador, já que a emissão de gama pode ser facilmente confundida com ruído de fundo. Os cientistas estão interessados nas contribuições de diferentes tipos de Transições eletromagnéticas, especialmente transições dipolo magnético (M1), para ajudar a esclarecer os dados observados.

A Importância das Transições Dipolo Magnético

A contribuição do dipolo magnético é significativa na formação do espectro gama observado nas colisões. Diferente das transições de dipolo elétrico, que costumam ser os maiores contribuintes para reações semelhantes, as transições de dipolo magnético podem ocorrer sem seguir as mesmas regras de seleção. Por causa disso, elas podem desempenhar um papel importante em povoar certos estados de um jeito que as transições de dipolo elétrico não conseguem. Isso significa que transições de dipolo magnético poderiam levar a contagens adicionais no espectro gama, especialmente perto do ponto final de energia.

Nos níveis de energia mais altos do espectro, o comportamento de partículas como nêutrons e partículas alfa pode ser afetado pela repulsão centrífuga, o que geralmente diminui a probabilidade de emissão. No entanto, a transição de dipolo magnético não sofre com esse problema, permitindo um caminho de reação diferente que poderia ser responsável por picos inesperados no espectro.

O Papel da Pesquisa Experimental

Estudos experimentais sobre essa reação têm sido realizados há décadas. Dos anos 1960 aos anos 1990, pesquisadores usaram ciclotrons-máquinas que aceleram partículas usando campos magnéticos-para examinar essas reações. Mais recentemente, instalações de fusão por confinamento inercial também começaram a explorar essa área. A primeira detecção de Emissões gama nessas reações foi relatada, revelando novos dados que podem impactar nossa compreensão das interações nucleares.

No entanto, até recentemente, não havia previsões teóricas disponíveis para a razão de ramificação das reações que levam a emissões gama. A maioria das análises anteriores se baseou em uma abordagem fenomenológica que assumia semelhanças em características espectrais entre diferentes reações. Essa falta de um fundo teórico detalhado significou que muitos aspectos ficaram sem exame, especialmente em relação à dinâmica das transições de dipolo magnético.

Entendendo o Caminho da Reação

Em reações nucleares envolvendo hélio, os spins dos núcleos no deuterônio e trítio podem se acoplar para criar spins totais específicos. A complexa interação desses spins leva a um desafio ao determinar como a energia é distribuída entre as partículas emitidas. Essa complexidade é amplificada porque modelos tradicionais que se baseiam apenas em transições de dipolo elétrico podem não se aplicar necessariamente à reação em questão.

Um ponto chave é que transições de dipolo elétrico normalmente têm regras de conservação rigorosas que devem ser seguidas, dificultando certos caminhos de emissão. Em contraste, as transições de dipolo magnético podem se tornar significativas, permitindo diferentes possibilidades em termos de como a energia é liberada.

Cálculos Teóricos e Sua Importância

Para entender as contribuições das transições de dipolo magnético, pesquisadores realizaram cálculos teóricos detalhados. Esses cálculos consideram contribuições de correntes de convecção e magnetização. As descobertas iniciais sugerem que, enquanto as contribuições de convecção são mínimas, correntes de magnetização dependem muito do modelo escolhido para a função de onda de espalhamento.

Diferentes modelos de interação levam a previsões diferentes para a força das transições de dipolo magnético. Alguns modelos, particularmente aqueles baseados em potenciais geométricos simples, apresentam resultados irreais. Isso destaca a importância de desenvolver modelos precisos que reflitam a física subjacente para fornecer previsões confiáveis.

A Contribuição da Transição de Dipolo Magnético

Os pesquisadores estabeleceram que a contribuição do dipolo magnético é sensível aos parâmetros usados nos modelos de interação. Por exemplo, usar uma função gaussiana para representar o potencial pode resultar em resultados que superestimam significativamente a contribuição das transições de dipolo magnético. No entanto, quando um potencial de dobra óptica mais refinado é construído-um que reflete com precisão as dimensões físicas das partículas envolvidas-, a contribuição das transições de dipolo magnético é reduzida drasticamente.

Em termos práticos, isso significa que o espectro gama produzido a partir de colisões pode ser melhor entendido ao empregar modelos mais nuançados. Essas previsões aprimoradas permitem interpretações mais precisas dos dados experimentais e reduzem a probabilidade de interpretar sinais de fundo como emissões gama.

Observações a Partir de Dados Experimentais

As medições experimentais têm se concentrado consistentemente nos níveis de energia produzidos durante essas reações. Em torno de 16,7 MeV, um pico notável aparece no espectro, relacionado a um estado de ressonância estável. Mas também há interesse no que acontece em energias mais altas, particularmente no ponto final de energia, em torno de 17,5 MeV.

À medida que as partículas se aproximam desse nível de energia, a influência das transições de dipolo magnético pode se tornar proeminente. Como essas transições podem povoar estados que não exigem passar por configurações de alta energia, elas podem levar a emissões adicionais que poderiam ser mal identificadas como ruído de fundo.

Os Modelos de Interação Usados

Diferentes modelos de interação foram empregados para investigar a natureza das transições de dipolo magnético. Alguns modelos são baseados em aproximações gaussianas simples, enquanto outros usam potenciais de poço quadrado. Foi descoberto que a escolha do modelo influencia significativamente a força prevista da contribuição do dipolo magnético e, assim, impacta a compreensão geral das emissões gama.

Ao usar um modelo de dobra óptica mais sofisticado, que leva em conta tamanhos e formas de interação realistas, a contribuição prevista das transições de dipolo magnético é diminuída, tornando-a mais consistente com observações experimentais. Esse modelo permite uma melhor representação de como as partículas se comportam durante colisões e como a energia é compartilhada entre elas.

As Implicações Mais Amplas para a Pesquisa em Fusão

Entender o papel das transições de dipolo magnético nessas reações nucleares é crucial para avançar na pesquisa em fusão. À medida que os cientistas buscam aproveitar a fusão como uma fonte de energia viável, ser capaz de prever e medir as emissões com precisão pode ajudar no desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico necessárias para monitorar reações.

As emissões gama podem servir como indicadores de processos subjacentes, com potenciais aplicações na melhoria da segurança e eficiência em reatores de fusão. Ao refinar modelos teóricos e aprimorar metodologias experimentais, os pesquisadores podem obter insights mais profundos sobre processos nucleares, ajudando finalmente no design de sistemas eficazes de energia de fusão.

Conclusão

Em resumo, o estudo da emissão de gama em colisões nucleares, particularmente aquelas envolvendo hélio, revela dinâmicas complexas que podem impactar significativamente nossa compreensão das reações nucleares. Embora muitos fatores influenciem esses processos, a contribuição das transições de dipolo magnético se destaca como uma área crítica de pesquisa.

Ao avançar modelos teóricos e empregar técnicas experimentais sofisticadas, os cientistas buscam esclarecer os mecanismos em jogo nessas reações, abrindo caminho para previsões mais confiáveis e aplicações práticas no campo da energia de fusão. À medida que a pesquisa avança, a esperança é que uma imagem mais clara dessas emissões surja, fornecendo informações valiosas para o desenvolvimento de futuras soluções energéticas.

Fonte original

Título: Magnetic dipole contribution to the $\gamma$-spectrum from $d$-$t$ collisions

Resumo: One in about a few hundred thousand sub-Coulomb $d$-$t$ collisions is accompanied by the emission of a $\gamma$-photon. The $\gamma$-spectrum from these collisions is dominated by a 16.7 MeV peak, corresponding to the population of the $p$-wave $3/2^-$ $\alpha$-$n$ ground-state resonance in the E1 transition from an intermediate $d$-wave $\alpha$-$n$ state, corresponding to the $^5$He excited state around 16.7 MeV. The strength of this spectrum at the large $\gamma$-energy endpoint decreases fast both due to kinematic factors and due to centrifugal repulsion between neutron and $\alpha$-particle at near-zero relative energies. However, no centrifugal repulsion would occur if $s$-wave $\alpha$-$n$ states were populated in magnetic dipole transition. Therefore, one can expect that close to the $\gamma$-spectrum endpoint around 17.5 MeV the M1 transition could dominate, leading to additional counts in experimental spectra which could be easily misinterpreted as a background. This work presents calculations of the M1 contribution to the $d+t\rightarrow \alpha+n+\gamma$ cross section caused both by convection and magnetization currents. While the first contribution was found to be negligible, the one from magnetization depends strongly on the choice of the model for the $d$-$t$ channel scattering wave function. Using $d$-$t$ interaction models from the literature, represented either by a gaussian of by a square well, resulted in unrealistically strong M1 contribution. With constructed in the present work optical folding potential, correctly representing the sizes of deuteron and triton, the M1 contribution near the endpoint is reduced to about 2$\%$ of the 16.7-MeV E1 peak. Arguments in favor of more detailed calculations, that could potentially change this number, are put forward.

Autores: N. K. Timofeyuk

Última atualização: 2024-09-25 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.16782

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.16782

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

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