LysM-RLKs: Jogadores Chave nas Parcerias Planta-Fungo
Esta pesquisa destaca a importância das proteínas LysM-RLK nas interações planta-fungo.
Malick Mbengue, E. Teyssier, S. Grat, M. K. Rich, P.-M. Delaux
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Índice
As quinases semelhantes a receptores LysM (LysM-RLKs) são proteínas importantes que aparecem nas plantas. Elas ajudam as plantas a interagir com o ambiente, incluindo a formação de parcerias com fungos. Essas parcerias podem beneficiar as plantas ao melhorar a absorção de nutrientes, especialmente o fósforo. Entender como essas proteínas funcionam é fundamental para avançar nosso conhecimento sobre a biologia das plantas e a agricultura.
Origem e Diversidade dos LysM-RLKs
Pesquisas mostram que os LysM-RLKs apareceram pela primeira vez em algas verdes. Com o tempo, eles evoluíram e se diversificaram enquanto as plantas começaram a viver em terra. Em hepáticas existentes, que são algumas das plantas mais simples, os cientistas identificaram quatro grupos de LysM-RLKs. Três desses grupos são chamados de LYKs, que estão ligados à imunidade das plantas e interações com fungos benéficos. O quarto grupo é conhecido como LYR, que tem uma estrutura e função um pouco diferente.
Em uma espécie de hepática, a Marchantia paleacea, os pesquisadores encontraram dois LYKs e um LYR. No entanto, essa espécie perdeu a capacidade de formar micorrizas arbusculares (AM), um tipo de simbiose com fungos, devido à perda de um terceiro gene LYK. Todos os LysM-RLKs nessa espécie têm características específicas que sugerem que eles estão posicionados na membrana celular da planta e prontos para interagir com sinais externos.
O Papel do LYKa na Simbiose
Para descobrir como cada LysM-RLK contribui para formar associações com fungos, os cientistas criaram mutações na planta M. paleacea que visavam genes LYK específicos. Eles focaram no LYKa, LYKb e LYKc. A pesquisa tinha o objetivo de ver se essas mutações afetavam a capacidade da planta de formar parcerias com fungos AM, especificamente Rhizophagus irregularis.
Depois de criar essas mutações, a equipe verificou se as plantas conseguiam se conectar com os fungos AM. As observações mostraram que as plantas sem LYKa não conseguiam estabelecer essas parcerias cruciais. Por outro lado, plantas que não tinham LYKb e LYKc ainda conseguiram formar conexões bem-sucedidas com os fungos. Os resultados destacaram que LYKa é essencial para formar AM, enquanto LYKb e LYKc parecem ter um papel menor.
Observando os Efeitos das Mutações
Técnicas histológicas permitiram que os pesquisadores visualizassem como os fungos estavam colonizando as raízes das plantas. Nessas observações, uma mudança de cor no talo de M. paleacea indicava uma colonização bem-sucedida pelos fungos. Plantas controle e aquelas com mutações em LYKb e LYKc mostraram essa pigmentação positiva, enquanto plantas sem LYKa não mostraram. Essa clara distinção reforçou que LYKa é crítico para essa relação simbiótica.
Experimentos adicionais confirmaram que mutantes de LYKa mostraram consistentemente sinais de ausência de colonização fúngica, ao contrário de seus colegas com genes LYK ativos. As observações foram consistentes em vários experimentos, reforçando a conclusão de que LYKa é vital para a formação de AM.
O Papel do LYR na Simbiose
Diferente dos genes LYK, o único gene LYR em M. paleacea não parecia ser necessário para formar AM. Os pesquisadores realizaram testes semelhantes aos feitos com mutantes LYK. Eles criaram mutações de perda de função no gene LYR e avaliaram se essas plantas ainda conseguiriam participar de relações simbióticas com fungos AM.
Os resultados indicaram que plantas com genes LYR mutados mostraram diferenças significativas em sua capacidade de formar AM em comparação com plantas controle. Ambos os tipos de plantas exibiram níveis semelhantes de colonização fúngica, sugerindo que LYR não é essencial para esse processo em M. paleacea.
Entendendo os Sinais para Formação de AM
Os fungos AM se comunicam com suas parceiras vegetais usando sinais químicos específicos conhecidos como quito-oligossacarídeos (COs) e lipo-quito-oligossacarídeos (LCOs). Esses sinais ajudam a desencadear respostas na planta que apoiam a formação de uma relação simbiótica. Os pesquisadores tinham como objetivo explorar como os mutantes de LYKa e LYR reagiam a esses sinais.
Usando uma linha de marcador especial em M. paleacea, os pesquisadores mediram as mudanças nos níveis de cálcio dentro das plantas quando expostas a COs e LCOs. As plantas controle responderam bem a esses sinais, mostrando um aumento notável na concentração de cálcio. No entanto, plantas sem LYKa ou LYR não responderam a nenhum dos tratamentos, indicando uma falha em perceber esses sinais essenciais.
Essa incapacidade de responder aos sinais relacionados à AM confirma ainda mais os papéis críticos que LYKa e LYR desempenham na formação de parcerias bem-sucedidas com fungos AM. Ambas as proteínas são necessárias para reconhecer os sinais produzidos pelos fungos, que são cruciais para estabelecer a relação de AM.
Implicações para a Biologia Vegetal e Agricultura
As descobertas dessa pesquisa ampliam nosso entendimento de como proteínas específicas nas plantas facilitam parcerias vitais com fungos. Essas interações podem influenciar muito a absorção de nutrientes e a saúde geral das plantas. Ao identificar os papéis essenciais que LYKa desempenha, podemos entender melhor como as plantas evoluíram para formar essas relações benéficas.
Entender as vias de sinalização envolvidas nessas relações simbióticas abre novas possibilidades para melhorar a resiliência das culturas e a eficiência nutricional. Manipulando essas vias, pode ser possível criar variedades de cultivo que consigam formar relações simbióticas com fungos AM de forma mais eficaz, levando a um melhor crescimento e produtividade.
Conclusão
O estudo dos LysM-RLKs, particularmente em M. paleacea, revela insights essenciais sobre interações planta-fungo. O papel crítico de LYKa na formação de Micorriza Arbuscular destaca a complexidade da sinalização nas plantas e a importância evolutiva dessas parcerias. À medida que os pesquisadores continuam explorando essas relações, novas descobertas podem levar a soluções inovadoras para melhorar práticas agrícolas e a saúde das plantas.
Título: LysM-RLK plays an ancestral symbiotic function in plants
Resumo: Arbuscular mycorrhiza (AM) with soilborne Glomeromycota fungi was pivotal in the conquest of land by plants almost half a billion years ago. In flowering plants, it is hypothesised that AM is initiated by the perception of AM-fungi-derived chito- and lipochito-oligosaccharides (COs/LCOs) in the host via Lysin Motif Receptor-Like Kinases (LysM-RLKs). However, it remains uncertain whether plant perception of these molecules is a prerequisite for AM establishment and for its origin. Here, we made use of the reduced LysM-RLK complement present in the liverwort Marchantia paleacea to assess the conservation of the role played by this class of receptors during AM and in COs/LCOs perception. Our reverse genetic approach demonstrates the critical function of a single LysM-RLK, LYKa, in AM formation, thereby supporting an ancestral function for this receptor in symbiosis. Binding studies, cytosolic calcium variation recordings and genome-wide transcriptomics indicate that another LysM-RLK of M. paleacea, LYR, is also required for triggering a response to COs/LCOs, despite being dispensable for AM formation. Collectively, our results demonstrate that the perception of symbionts by LysM-RLK is an ancestral feature in land plants, and suggest the existence of yet-uncharacterised AM-fungi signals.
Autores: Malick Mbengue, E. Teyssier, S. Grat, M. K. Rich, P.-M. Delaux
Última atualização: 2024-12-06 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.16.575821
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.16.575821.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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