Revolucionando a Contagem de Células com Ilastik
O aprendizado de máquina tá mudando a forma como os cientistas contam as células-tronco musculares.
Alma Zuniga Munoz, Kartik Soni, Angela Li, Vedant Lakkundi, Arundati Iyer, Ari Adler, Kathryn Kirkendall, Frank Petrigliano, Bérénice A. Benayoun, Thomas P. Lozito, Albert E. Almada
― 7 min ler
Índice
- O Problema com os Métodos Antigos
- A Chegada do Aprendizado de Máquina
- O Objetivo do Estudo
- Os Passos Usando Ilastik
- Testando o Ilastik em Diferentes Espécies
- Resultados em Camundongos
- Resultados em Humanos
- Resultados em Salamandras Axolote
- Resultados em Killifish
- Passos Chave para Análise de Imagem Precisa
- Ajuste de Brilho e Contraste
- Treinamento do Programa
- Filtragem de Tamanho e Limitação
- Conclusão: Uma Nova Era para Análise de Contagem de Células
- Fonte original
Estudar como as células se comportam em animais vivos é como tentar pegar peixe com as mãos – pode ser complicado! Os cientistas geralmente cortam tecidos para analisá-los, buscando sinais fluorescentes que dizem sobre células específicas. Para isso, eles tiram fotos das fatias e medem os sinais em áreas aleatórias. Mas, infelizmente, esse método pode levar a erros, deixar passar dados importantes e demorar uma eternidade pra terminar.
O Problema com os Métodos Antigos
Tradicionalmente, os pesquisadores usam um método chamado imunohistoquímica (IHC) pra colorir fatias de tecido, destacando as células específicas que querem examinar. O processo envolve preparar o tecido, cortá-lo fininho e aplicar anticorpos coloridos especiais que grudam em marcadores celulares específicos. Depois da coloração, os cientistas tiram fotos aleatórias do tecido e contam manualmente as células que estão interessados.
Embora esse método tradicional tenha funcionado por anos, ele tem várias falhas. Primeiro, analisar apenas algumas imagens pode não dar uma visão completa do tecido. Segundo, ele depende muito da pessoa contando as células escolher as áreas certas pra examinar, o que introduz erro humano. Por fim, contar um grande número de células pode ser tão chato quanto assistir a tinta secar.
Essa combinação de problemas atrasa a pesquisa em biologia regenerativa – o campo que busca entender como reparar tecidos e órgãos danificados. Também contribui para desafios com a confiabilidade dos dados em estudos científicos.
Aprendizado de Máquina
A Chegada doRecentemente, programas de computador inteligentes usando aprendizado de máquina, um tipo de inteligência artificial, vieram pra ajudar. Esses programas podem analisar imagens ricas em dados muito mais rápido e com mais precisão do que um humano conseguiria. Algumas opções populares incluem Imaris, Cell Profiler e – você adivinhou – Ilastik.
O Ilastik se destaca porque tem uma interface super fácil de usar. Os pesquisadores não precisam de habilidades avançadas de programação pra utilizá-lo. Porém, apesar das vantagens, muitos cientistas ainda preferem contar células manualmente. Talvez estejam apegados a seus métodos antigos ou quem sabe ainda não confiam na máquina.
O Objetivo do Estudo
Neste estudo, os pesquisadores decidiram usar o Ilastik pra ver o quão bem ele poderia identificar Células-Tronco Musculares especiais (MuSCs) em vários animais como camundongos, humanos, salamandras axolote e killifish. O objetivo era mostrar que o Ilastik poderia contar essas células de forma rápida e precisa, algo que normalmente levaria muitas horas ou até dias pra fazer à mão.
Os Passos Usando Ilastik
Usar Ilastik para análise envolve um processo de quatro etapas. Pense nisso como uma receita de cozinha:
Aquisição de Amostras: Os cientistas coletam amostras de tecido muscular de seus animais.
Pré-processamento de Imagens: Após colorir o tecido com marcadores específicos, eles ajustam o brilho e o contraste pra garantir que as imagens sejam claras.
Classificação de Pixels no Ilastik: Aqui, os pesquisadores ensinam o Ilastik a reconhecer as células que eles querem contar. Isso é feito selecionando exemplos das células nas imagens, permitindo que o programa aprenda as diferenças entre os tipos de células.
Classificação de Objetos no Ilastik: Por fim, o programa refina as contagens de células, filtrando dados indesejados de acordo com tamanho e outras características. Os resultados finais podem ser facilmente exportados para análises adicionais.
Testando o Ilastik em Diferentes Espécies
Pra testar quão bem o Ilastik funciona, os pesquisadores coletaram amostras musculares de várias espécies de vertebrados. Eles coloriram essas amostras pra procurar o Pax7, um marcador que identifica células-tronco musculares. Após processar as imagens, usaram o Ilastik pra analisar as amostras, comparando os resultados com as contagens manuais feitas por pesquisadores treinados.
Resultados em Camundongos
Primeiro, eles analisaram amostras musculares de camundongos. Descobriram que o Ilastik identificou com precisão o número de células PAX7+ antes e depois de lesões musculares, combinando com as contagens obtidas através da contagem manual. Na verdade, o que levou dias para os pesquisadores completar poderia ser feito pelo Ilastik em apenas algumas horas!
Resultados em Humanos
Em seguida, foram analisadas biópsias musculares humanas. Novamente, o Ilastik identificou com precisão as células PAX7+ em seções musculares. As descobertas eram consistentes com as obtidas das contagens manuais, demonstrando que o Ilastik funciona bem em tecidos humanos também.
Resultados em Salamandras Axolote
Movendo-se para as salamandras axolote, conhecidas por sua incrível capacidade de regenerar membros perdidos, os pesquisadores testaram o Ilastik em amostras musculares coletadas antes e depois da amputação da cauda. Os resultados mostraram que o Ilastik foi tão eficaz em contar células PAX7+ nos tecidos regenerativos quanto nas amostras de camundongos e humanos.
Resultados em Killifish
Por fim, eles examinaram o killifish africano turquesa, uma espécie de vida curta. Os pesquisadores compararam o número de células PAX7+ em peixes jovens e velhos. Novamente, o Ilastik forneceu contagens precisas, ajudando a destacar uma diminuição nessas células importantes à medida que os peixes envelheciam.
Passos Chave para Análise de Imagem Precisa
Embora os benefícios de usar o Ilastik sejam claros, é importante notar que existem passos cruciais que precisam ser seguidos pra garantir resultados precisos.
Ajuste de Brilho e Contraste
Ajustar o brilho e o contraste direitinho é essencial. Se um sinal estiver muito fraco em comparação com outro, isso pode levar a contagens incorretas. Os pesquisadores sugerem checar cuidadosamente a distribuição da intensidade dos pixels. Imagens ajustadas corretamente vão produzir resultados claros, enquanto imagens mal ajustadas deixarão os pesquisadores na dúvida.
Treinamento do Programa
Treinar o Ilastik pra reconhecer as células específicas é outro passo crítico. Os cientistas precisam rotular uma variedade de tipos de células e garantir que capturam diferentes condições e aparências. Incluir células com níveis de expressão e formas variadas ajuda o programa a aprender melhor.
Filtragem de Tamanho e Limitação
O passo final envolve filtrar as células selecionadas por tamanho. Ajustando os parâmetros, os pesquisadores podem garantir que apenas as células apropriadas sejam contadas, maximizando ainda mais a precisão dos dados obtidos.
Conclusão: Uma Nova Era para Análise de Contagem de Células
Usar o Ilastik simplifica a tarefa trabalhosa de contar células, tornando tudo muito mais rápido e confiável. Ao analisar efetivamente grandes quantidades de dados de imagens, os pesquisadores podem fazer melhores observações biológicas sem passar semanas em contagens manuais.
Essa mudança pode mudar o jogo pra cientistas que estudam o comportamento celular, especialmente em biologia regenerativa, onde entender os destinos celulares é crucial. Isso abre portas pra um novo mundo de possibilidades na pesquisa, permitindo que os pesquisadores trabalhem de forma mais eficiente e precisa.
Então, vamos abraçar o futuro da ciência, um programa de aprendizado de máquina de cada vez! E quem sabe? Talvez um dia, contar células possa ser tão fácil quanto contar ovelhas – desde que a gente acorde daquela longa soneca, claro.
Título: Ilastik: a machine learning image analysis platform to interrogate stem cell fate decisions across multiple vertebrate species
Resumo: Stem cells are the key cellular source for regenerating tissues and organs in vertebrate species. Historically, the investigation of stem cell fate decisions in vivo has been assessed in tissue sections using immunohistochemistry (IHC), where a trained user quantifies fluorescent signal in multiple randomly selected images using manual counting--which is prone to inaccuracies, bias, and is very labor intensive. Here, we highlight the performance of a recently developed machine-learning (ML)-based image analysis program called Ilastik using skeletal muscle as a model system. Interestingly, we demonstrate that Ilastik accurately quantifies Paired Box Protein 7 (PAX7)-positive muscle stem cells (MuSCs) before and during the regenerative process in whole muscle sections from mice, humans, axolotl salamanders, and short-lived African turquoise killifish, to a precision that exceeds human capabilities and in a fraction of the time. Overall, Ilastik is a free user-friendly ML-based program that will expedite the analysis of stained tissue sections in vertebrate animals.
Autores: Alma Zuniga Munoz, Kartik Soni, Angela Li, Vedant Lakkundi, Arundati Iyer, Ari Adler, Kathryn Kirkendall, Frank Petrigliano, Bérénice A. Benayoun, Thomas P. Lozito, Albert E. Almada
Última atualização: Dec 22, 2024
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.21.629913
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.21.629913.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.