Enfrentando Desafios em Avaliações Bilíngues para Crianças
Esse relatório destaca os problemas que os SLPs enfrentam com as avaliações de crianças bilíngues.
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Índice
- A Importância da Avaliação Válida
- Os Riscos de Avaliações Inválidas
- Alternativas às Avaliações Tradicionais
- Práticas Atuais na Avaliação de Linguagem e Alfabetização
- Fatores que Influenciam as Práticas de Avaliação
- Os Desafios do Conhecimento sobre Validade
- Compreendendo o Propósito das Avaliações
- Tendências nas Práticas de Avaliação
- Rumo a Melhores Práticas
- Conclusão
- Fonte original
Habilidades de linguagem e Alfabetização são fundamentais pra se dar bem na escola, fazer amigos e arranjar emprego. Mas muita gente enfrenta dificuldades nessas áreas. Em 2022, o Canadá descobriu que cerca da metade dos adultos tinha níveis de alfabetização baixos e um número significativo de crianças foi diagnosticado com distúrbios de linguagem que podem afetar seu futuro.
Fonoaudiólogos são profissionais que ajudam pessoas com dificuldades de linguagem e leitura, frequentemente precisando avaliar crianças pra ver a melhor forma de ajudar. A intervenção precoce é essencial, e a avaliação adequada é o primeiro passo pra ajudar essas crianças a terem sucesso. Esse relatório vai explorar os desafios que os fonoaudiólogos enfrentam em relação às Avaliações de crianças bilíngues, discutir os tipos de avaliações disponíveis e destacar possíveis formas de melhorar a situação.
A Importância da Avaliação Válida
Os fonoaudiólogos são bons em testar habilidades de linguagem e alfabetização, o que ajuda a identificar o suporte que as crianças precisam. Pra fazer isso de forma eficaz, eles usam ferramentas de avaliação, que podem variar conforme o propósito e as populações que atendem. Escolher a ferramenta certa é essencial; um teste deve ser elaborado pra um grupo específico, ter um bom histórico de confiabilidade e avaliar as habilidades corretas.
Por exemplo, quando testando uma criança de sete anos que fala apenas inglês, um fonoaudiólogo pode usar um teste padronizado como o CELF-5. Mas usar o teste errado pode levar a conclusões erradas. Muitos testes são desenvolvidos pra falantes monolíngues de inglês, o que pode não ser adequado pra crianças bilíngues.
Ideias modernas sobre avaliação focam em como os testes são usados em vez de apenas suas propriedades. A forma como um clínico interpreta o resultado de um teste pode ser válida ou inválida. Não se trata apenas do teste em si, mas das decisões tomadas com base em seus resultados.
Os Riscos de Avaliações Inválidas
Quando um teste é mal utilizado, pode causar sérios problemas pras crianças. Por exemplo, se um teste destinado a falantes de inglês é usado com crianças bilíngues, pode acabar identificando-as erroneamente como precisando de suporte extra quando não precisam. Isso não só atrapalha seu progresso acadêmico, mas também pode afetar suas interações sociais e consumir recursos que eram pra crianças que realmente precisam de ajuda.
O cenário das avaliações é muitas vezes tendencioso, com muitos testes sem a representação adequada para crianças bilíngues. Quando essas ferramentas ignoram o histórico linguístico único de uma criança, podem fornecer resultados imprecisos.
Alternativas às Avaliações Tradicionais
Pra resolver esses problemas, a avaliação dinâmica (AD) surgiu como uma alternativa promissora pra avaliar as habilidades de linguagem e alfabetização de crianças bilíngues. A AD envolve ensinar, dar feedback e depois reavaliar as habilidades de uma criança, o que a torna menos suscetível a influências de experiências passadas. Ao contrário das avaliações estáticas que focam apenas no que a criança sabe atualmente, a AD capta o potencial de aprendizagem da criança.
Pesquisas mostram que a AD tem menos viés pra crianças bilíngues e pode prever melhor suas habilidades futuras. Órgãos reguladores recomendam seu uso pra avaliações bilíngues, mas muitos clínicos ainda costumam usar testes estáticos.
Práticas Atuais na Avaliação de Linguagem e Alfabetização
Vários estudos analisaram como os fonoaudiólogos conduzem avaliações de linguagem com crianças bilíngues. Foi relatado que muitos fonoaudiólogos continuam a usar testes padronizados projetados pra falantes de inglês em vez de métodos mais adequados. Por exemplo, uma pesquisa revelou que a maioria dos fonoaudiólogos escolheu o CELF ou testes similares em vez de avaliações informais ou dinâmicas.
Embora algum progresso tenha sido feito no uso de avaliações culturalmente apropriadas, muitos fonoaudiólogos ainda não usam regularmente a avaliação dinâmica, muitas vezes citando falta de tempo ou treinamento como barreiras.
Curiosamente, uma diferença na abordagem parece existir entre avaliações de linguagem e alfabetização. A maioria dos clínicos opta por testes estáticos estabelecidos pra avaliar habilidades de linguagem, enquanto pra alfabetização, podem usar uma variedade de ferramentas informais e dinâmicas.
Fatores que Influenciam as Práticas de Avaliação
Os fonoaudiólogos consideram diversos fatores ao escolher ferramentas de avaliação, incluindo disponibilidade, custo e familiaridade com os testes. Muitos ficam com ferramentas que eles e seus colegas usam há anos, pois confiam nesses instrumentos e seus resultados.
O acesso a materiais de teste adequados é crucial, especialmente pra populações bilíngues. Restrições financeiras e recursos limitados podem dificultar a utilização de avaliações mais confiáveis pelos clínicos.
Em ambientes escolares públicos, a pressão pra se adequar aos requisitos de testes padronizados muitas vezes força os fonoaudiólogos a usar ferramentas que eles consideram inadequadas. Em contrapartida, a prática privada oferece mais flexibilidade na escolha das avaliações, permitindo que os clínicos baseiem suas decisões nas necessidades individuais da criança em vez de diretrizes rígidas.
Os Desafios do Conhecimento sobre Validade
Embora seja importante que os fonoaudiólogos saibam quais avaliações são válidas, muitos clínicos se sentem incertos quanto à sua compreensão das propriedades dos testes. Eles costumam confiar nas práticas de seus colegas e tendem a priorizar testes com um histórico comprovado, às vezes ignorando a necessidade de adequação cultural ou linguística.
Mesmo quando os clínicos sabem que um teste específico pode não ser válido pra crianças bilíngues, a pressão pra fornecer resultados que atendam aos requisitos administrativos muitas vezes supera suas preocupações.
Compreendendo o Propósito das Avaliações
O que um fonoaudiólogo espera alcançar com uma avaliação pode variar muito dependendo do contexto de seu trabalho. Fonoaudiólogos de escolas públicas avaliam principalmente crianças pra diagnosticar problemas potenciais e determinar a elegibilidade para serviços de apoio adicionais. Por outro lado, os fonoaudiólogos da prática privada tendem a avaliar diretamente pra criar planos de tratamento.
Essa distinção pode impactar significativamente os tipos de avaliações usadas. Fonoaudiólogos públicos muitas vezes se sentem obrigados a escolher ferramentas que atendam aos requisitos institucionais, enquanto os profissionais da prática privada podem priorizar intervenções práticas para seus clientes.
Tendências nas Práticas de Avaliação
A dependência contínua de testes estáticos em avaliações bilíngues levanta questões sobre as melhores práticas. Muitos clínicos reconhecem que essas ferramentas podem não representar com precisão as habilidades de crianças bilíngues, mas continuam a usá-las por causa das demandas institucionais.
Avaliações dinâmicas, por outro lado, são subutilizadas, apesar de seus potenciais benefícios. Há um reconhecimento crescente da necessidade de avaliações mais flexíveis e relevantes adequadas pra crianças bilíngues.
Rumo a Melhores Práticas
Há uma necessidade clara de mudanças sistêmicas pra melhorar como as avaliações são conduzidas pra crianças bilíngues. Os fonoaudiólogos devem receber melhor formação sobre a importância do uso de avaliações dinâmicas e de expertise adaptativa em sua prática.
Além disso, fomentar uma cultura de questionamento das práticas estabelecidas e defender reformas nas procedimentos de avaliação é crucial. Órgãos reguladores podem ajudar esclarecendo o uso de pontuações de avaliação nas escolas e apoiando a exploração de ferramentas de avaliação mais apropriadas.
Conclusão
Os fonoaudiólogos desempenham um papel crítico na avaliação de habilidades de linguagem e alfabetização entre crianças bilíngues. Embora haja uma compreensão de que avaliações tradicionais podem não atender a essas populações, a pressão pra se conformar a práticas estabelecidas muitas vezes leva ao seu uso contínuo.
Adotar avaliações dinâmicas e defender mudanças nos requisitos institucionais pode ajudar a resolver esses problemas, levando a melhores resultados para crianças bilíngues. À medida que os fonoaudiólogos se esforçam pra aprimorar suas práticas de avaliação, eles vão melhorar sua capacidade de apoiar as diversas necessidades de seus clientes enquanto também defendem a equidade no sistema.
No fim das contas, é tudo sobre dar a cada criança a melhor chance de aprender e crescer-afinal, quem não gostaria que seu porquinho estivesse dentro de casa em vez de do lado de fora?
Título: Why did you use that test? Exploring speech-language pathologists clinical decision-making in bilingual language and literacy assessment
Resumo: PurposeOur overarching goal is to advance our understanding of clinical decision-making processes in bilingual language and literacy assessment. When evaluating bilingual children, speech-language pathologists (SLPs) use static norm-referenced assessments (SAs) developed for English monolinguals more frequently than less biased dynamic assessments (DAs). To date, no research has considered why SLPs use SAs over DAs or examined SLPs conceptualization of validity beyond knowledge of psychometrics. In this study we explore factors that affect SLPs choice and use of assessments and how clinicians conceptualize and employ validity through the lens of modern validity frameworks. MethodCanadian SLPs (n=21) participated in semi-structured interviews, using a guide informed by the Theoretical Domains frameworks and Kanes Validity framework. Reflexive thematic analysis was used to generate themes. ResultsClinicians rarely report using "dynamic assessment" but did "assess dynamically" by incorporating teaching in testing. When assessing oral language, SLPs acknowledged that using SAs with bilinguals may be inappropriate, but that they continue to do primarily because scores from these measures are necessary for diagnosis and accessing services. To contend with this friction between clinical beliefs and workplace requirements, most SLPs report caveats alongside SA scores SAs to contextualize findings. Though individual clinical knowledge of psychometrics and validity in assessment varies, systemic issues play a key role in perpetuating current assessment practices with bilinguals. Finally, bilingual literacy assessment practices differ. Clinicians use a wider variety of assessments and rely less on scores to achieve desired outcomes for students. ConclusionClinical decision-making in bilingual language and literacy assessment is influenced by both individual and contextual factors. Accordingly, efforts to shift practice patterns cannot solely focus on individual clinical knowledge but must also examine and address these systemic issues.
Autores: Emily Wood, Mariya Kika, Olivia Daub, Monika Molnar
Última atualização: 2024-12-22 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.17.24319113
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.17.24319113.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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