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# Ciências da saúde # Epidemiologia

O Impacto da Deficiência de G6PD no Tratamento da Malária

A deficiência de G6PD complica o tratamento da malária, trazendo riscos com certos medicamentos.

Benedikt Ley, Laura Rojas Vasquez, Avyinaeesh Sitsabasan, Bipin Adhikari, Nabaraj Adhikari, Mohammad Shafiul Alam, Santasabuj Das, Prakash Ghimire, Marcus V. G. Lacerda, Ric N. Price, Komal Raj Rijal, Lorenz von Seidlein, Arunansu Talukdar, Kamala Thriemer, Ari Winasti Satyagraha, Arkasha Sadhewa, Megha Rajasekhar, Robert J. Commons

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Índice

Malária é uma doença causada por parasitas, e o Plasmodium vivax é um dos principais tipos que podem infectar humanos. A Organização Mundial da Saúde diz que cerca de 3,3 bilhões de pessoas estão em risco de serem infectadas. Se você pegar um caso de P. vivax, ele pode ficar escondido no seu fígado num estágio chamado hipnozoítas. Esses carinhas traiçoeiros podem voltar e causar problemas semanas ou meses depois. Isso é sério porque eles podem deixar as pessoas bem doentes ou até levar à morte.

Para ajudar a tratar a malária, tem alguns remédios disponíveis, tipo Primaquina e Tafenoquina. Mas esses medicamentos podem ter efeitos colaterais bem sérios, especialmente para quem tem uma condição chamada Deficiência de G6PD. G6PD significa desidrogenase de glicose-6-fosfato, que é uma enzima importante que ajuda nossas células vermelhas do sangue a ficarem saudáveis. Se alguém tem níveis baixos dessa enzima, tomar certos medicamentos para malária pode causar uma condição chamada Hemólise, onde as células vermelhas do sangue se rompem rápido demais.

Entendendo o G6PD

Então, o que é exatamente G6PD? É uma enzima que encontramos nas células vermelhas do sangue. Pense nisso como um protetor que ajuda a manter nossas células saudáveis. Todo mundo tem G6PD, mas algumas pessoas têm uma condição genética que deixa os níveis baixos, conhecida como deficiência de G6PD. Essa condição é comum em pessoas de certas regiões do mundo, especialmente em áreas tropicais e subtropicais.

A deficiência de G6PD pode aparecer de várias formas. Por exemplo, os homens têm uma cópia do gene G6PD (já que ele fica no cromossomo X), enquanto as mulheres têm duas cópias. Isso significa que os homens têm mais chances de ser normais ou deficientes, enquanto as mulheres podem ser uma mistura dos dois. A maioria dos homens com deficiência de G6PD mostra atividade enzimática baixa, enquanto os homens normais têm níveis muito mais altos.

Testando a Deficiência de G6PD

Por causa dos riscos associados a níveis baixos de G6PD, testar é crucial antes de prescrever certos tratamentos para malária. A Organização Mundial da Saúde recomenda que os pacientes sejam testados para deficiência de G6PD antes de começar o tratamento com primaquina. Se a atividade de G6PD de alguém for menor que 30%, eles não devem tomar os cursos usuais de 7 ou 14 dias de primaquina. A tafenoquina só é segura para quem tem pelo menos 70% de atividade de G6PD.

O teste em si pode ser feito de algumas maneiras. O método mais comum é chamado de espectrofotometria, que mede os níveis da enzima em um laboratório. Mas esse método pode ser complicado, e os resultados podem variar. Por sorte, existe um teste rápido chamado Biosensor, que pode testar os níveis de G6PD rapidamente usando apenas uma gota de sangue. Esse aparelho prático pode dar resultados em poucos minutos!

Por Que os Limites Diferentes Importam

Em diferentes lugares do mundo, o nível "normal" de G6PD pode variar. O fabricante do Biosensor sugere certos limites para definir atividade baixa ou intermediária de G6PD, mas esses limites podem não servir para todo mundo. Por exemplo, a média universal significa que algumas pessoas classificadas como deficientes segundo o fabricante podem estar na verdade ok quando olhamos os dados locais.

Um estudo analisou dados de muitos países e descobriu que os níveis médios de G6PD podem variar bastante de um lugar para outro. Por exemplo, um grupo no Nepal pode ter uma média diferente de outro grupo em Bangladesh. Por causa dessas diferenças, usar apenas um limite universal para todo mundo pode não ser a melhor ideia.

Idade e Atividade de G6PD

Curiosamente, a atividade de G6PD também pode mudar com a idade. Crianças mais novas, especialmente aquelas de 1 a 5 anos, podem ter níveis mais baixos dessa enzima, mas tende a se estabilizar conforme elas vão crescendo. Isso significa que crianças mais novas podem estar mais em risco quando se trata de medicamentos que podem causar hemólise.

Essa mudança relacionada à idade é importante para os médicos saberem, porque pode levar a decisões de tratamento melhores e mais seguras para crianças com malária. Se a atividade de G6PD delas for falsamente categorizada como normal quando na verdade não é, elas podem acabar em apuros!

Descobertas da Revisão

Pesquisadores fizeram uma análise grande que incluiu dados de mais de 9.700 pessoas em 11 estudos diferentes. Eles queriam descobrir se os limites sugeridos pelo fabricante para definir a atividade de G6PD eram adequados em geral. O que eles encontraram foi bem surpreendente! Houve muita variação nos níveis de G6PD entre diferentes países e contextos.

Por exemplo, alguns locais mostraram níveis de G6PD que sugeriam um limite de 6,2 U/gHb, enquanto outros tinham um limite de 9,9 U/gHb. Essa é uma grande diferença! Quando usaram os limites sugeridos pelo fabricante, uma porcentagem maior de indivíduos foi classificada como deficiente ou intermediária. Isso significa que as pessoas podem estar desnecessariamente preocupadas com o risco quando na verdade têm um nível seguro de G6PD.

A Importância da Medição Precisa

Ter as medições corretas é fundamental para garantir que os pacientes recebam o tratamento adequado. Enquanto o Biosensor funciona bem, garantir que ele esteja alinhado com os dados da população local é crucial para a segurança dos pacientes. As diferenças na atividade enzimática podem levar a discrepâncias nos planos de tratamento, e a gente definitivamente não quer causar danos acidentais com medicamentos que deveriam ajudar!

Apesar de o Biosensor nos dar muitas informações, mais pesquisas são necessárias para conectar suas leituras com resultados de saúde reais, como os riscos de hemólise. Assim, os médicos podem tomar as decisões mais informadas e manter os pacientes seguros.

Considerações Finais

Resumindo, entender a deficiência de G6PD é vital, especialmente ao tratar a malária. Testar os níveis de G6PD antes de prescrever medicamentos é essencial para evitar efeitos colaterais sérios. No entanto, os médicos também precisam ficar atentos ao fato de que o que é considerado "normal" pode variar bastante dependendo da localização e da idade. As ferramentas que usamos para medir os níveis de G6PD, como o Biosensor, precisam ser confiáveis e precisas para garantir que ajudem, e não prejudiquem.

Como uma nota final, vamos lembrar que a ciência, assim como a vida, pode ser um pouco complicada. Mas com pesquisa contínua e melhor entendimento, podemos navegar por essas águas complicadas e ajudar a manter as pessoas saudáveis. Então, da próxima vez que você ouvir sobre deficiência de G6PD, lembre-se: não é só uma boca cheia de letras; é um jogador chave na luta contra a malária!

Fonte original

Título: Systematic review and individual patient data meta-analysis on glucose- 6 - phosphate dehydrogenase activities measured by a semi-quantitative handheld Biosensor

Resumo: Measurement of glucose-6-phosphate dehydrogenase (G6PD) activity guides hypnozoitocidal treatment of P. vivax malaria. The G6PD Standard (SDBiosensor, Republic of Korea) here referred to as "Biosensor" is a quantitative point-of-care diagnostic that measures G6PD activity in U/gHb . The manufacturer recommends cutoffs to define G6PD deficient ([≤]4.0U/gHb), intermediate (4.1-[≤]6.0U/gHb) and normal (>6.0U/gHb) individuals. The aim of this individual patient data (IPD) meta- analysis was to evaluate these cutoffs (CRD42023406595). A systematic review identified studies reporting population-level G6PD activity measured by Biosensor, published between January 2017 and May 2023. IPD were collated and standardised. The adjusted male median (AMM) was defined as 100% activity and calculated across all studies (universal AMM) and separately for each setting. The proportion of participants classified as deficient or intermediate were compared using the manufacturer-recommended cutoffs and 30% and 70% of the universal AMM and setting-specific AMM. Associations between G6PD activity and blood sampling method, malaria status, and age were assessed. Eleven studies with 9,724 participants from eight countries were included in this analysis. The universal AMM was 7.7U/gHb and the setting-specific AMMs ranged from 6.2U/gHb to 9.9U/gHb. When using the universal AMM, 4.2% of participants were classified as deficient and 11.9% as intermediate or deficient. The corresponding values were 3.9% and 10.8% for setting-specific cutoffs, and 7.2% and 18.3% for manufacturer-recommended definitions for deficients and intermediates respectively. The manufacturer-recommended cutoff for deficient individuals fitted the distribution of G6PD activities better than definitions based on the percentage of AMM. There was no significant association between malaria status or blood sampling method and G6PD activity. Measured G6PD activity decreased in children 1 to 5 years and plateaued thereafter. The manufacturers recommended cutoff is conservative but more reliable at categorising G6PD deficient individuals than those based on calculations of 30% activity using the AMM. The observed decrease in G6PD activity in children between 1 to 5 years of age warrants further investigation.

Autores: Benedikt Ley, Laura Rojas Vasquez, Avyinaeesh Sitsabasan, Bipin Adhikari, Nabaraj Adhikari, Mohammad Shafiul Alam, Santasabuj Das, Prakash Ghimire, Marcus V. G. Lacerda, Ric N. Price, Komal Raj Rijal, Lorenz von Seidlein, Arunansu Talukdar, Kamala Thriemer, Ari Winasti Satyagraha, Arkasha Sadhewa, Megha Rajasekhar, Robert J. Commons

Última atualização: 2024-12-24 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.20.24319407

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.20.24319407.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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