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# Física# Dinâmica dos Fluidos

Dinâmica do Ar em Telas Porosas

Estudo analisa o fluxo de ar em torno de telas porosas, influenciando projetos para aplicações do mundo real.

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Esse artigo fala sobre como o ar se move ao redor e através de um tipo especial de material conhecido como tela porosa. Essas telas têm furinhos e podem ser feitas de vários materiais, como fibras. Estamos especialmente interessados em como diferentes tamanhos e arranjos dos buracos afetam a forma como o ar se movimenta ao redor e através dessas telas, especialmente quando o ar flui em altas velocidades.

Historicamente, a maioria dos estudos sobre telas porosas se concentrou em formas planas e bidimensionais. No entanto, na vida real, encontramos com frequência formas tridimensionais. Nosso objetivo é analisar mais de perto essas telas porosas tridimensionais, entender seu comportamento em um ambiente de ar em movimento e ver como podemos usar esse conhecimento para aplicações práticas.

Contexto do Estudo

Nos últimos anos, mais atenção tem sido dada a objetos porosos usados em fluxos de ar tridimensionais. Apresentamos um modelo que leva em conta esses efeitos tridimensionais e incorpora a viscosidade do ar perto da tela. Esse modelo nos permite prever velocidades, mudanças de pressão e forças de arrasto experimentadas por essas telas.

Configuração Experimental

Para testar nosso modelo, exploramos uma tela porosa quadrada feita de fibras em um ambiente de fluxo de ar controlado. Em nossos experimentos, variamos o ângulo em que o ar atinge a tela e estudamos como esse ângulo afeta a força de arrasto na tela. Também analisamos diferentes tamanhos de fibras para ver como elas impactam a resistência ao ar gerada.

Descobrimos que a força de arrasto nessas fibras muda significativamente com base no arranjo das fibras e no tamanho dos buracos na tela. Nossos achados mostram que telas porosas podem criar arrasto substancial, especialmente quando os buracos são menores ou quando a tela está em um ângulo em relação ao fluxo de ar.

Importância das Telas Porosas

As telas porosas têm várias aplicações. Por exemplo, são usadas em sistemas de coleta de névoa para captar água em áreas secas. Elas também podem ajudar a melhorar a qualidade do ar controlando o vento e a poeira. Em edifícios, elas podem proporcionar eficiência energética bloqueando um pouco da luz solar enquanto permitem que o ar flua.

Entender o fluxo ao redor dessas telas ajuda a melhorar os projetos para torná-las mais eficazes. Saber como o ar se movimenta através ou ao redor de materiais porosos também ajuda a desenvolver máscaras melhores para proteção contra vírus transportados pelo ar.

Características das Telas Porosas

Os principais fatores a considerar ao analisar telas porosas são Porosidade e Permeabilidade. A porosidade se refere à quantidade de espaço aberto no material, enquanto a permeabilidade mede quão facilmente o ar pode passar por ele. Quando as telas são muito finas, a porosidade pode ser semelhante a algo chamado Solidez, que compara as partes sólidas da tela com a área total.

Pesquisas mostraram que tanto a porosidade quanto a permeabilidade afetam a forma como o ar flui ao redor e através dessas telas. No entanto, muitos detalhes sobre a permeabilidade, especialmente em telas finas, ainda não são bem compreendidos.

Modelagem do Fluxo

Para modelar os fluxos de ar ao redor dessas telas, dividimos o fluxo em diferentes regiões. Cada região tem suas próprias características com base em como o ar está se movendo. A área antes da tela é chamada de região I, enquanto a área logo atrás da tela é dividida em regiões II e III. O fluxo nessas áreas pode se comportar de maneira diferente com base na forma e na orientação da tela.

Na região I, o ar se comporta de maneira previsível. Podemos usar o que é conhecido como teoria do fluxo potencial para descrever como as velocidades se distribuem nessa região. No entanto, à medida que o ar flui através da tela e entra nas regiões II e III, as coisas se tornam mais complexas devido às interações com a estrutura da tela.

Calculando Forças de Arrasto

A força de arrasto sentida por uma tela porosa depende de como o ar se move ao seu redor e através dela. Para obter uma medição precisa do arrasto, comparamos as velocidades do ar antes e depois de passar pela tela e levamos em conta as diferenças de pressão causadas pelo design da tela.

Em nossa análise, encontramos dois fatores principais que influenciam o arrasto: a solidez da tela e o Número de Reynolds. A solidez está relacionada à quantidade de espaço aberto disponível para o ar passar, enquanto o número de Reynolds se relaciona à velocidade do ar e ao tamanho dos buracos na tela.

Resultados dos Experimentes

Nossos experimentos revelaram que o coeficiente de arrasto varia com base na solidez e no número de Reynolds. Quando a solidez é alta, o arrasto pode até ser maior do que o de uma placa sólida com dimensões semelhantes. Também descobrimos que à medida que aumentamos a velocidade do ar através da tela, o coeficiente de arrasto mudou de uma forma que não esperávamos inicialmente.

Ao testarmos telas em diferentes ângulos, notamos que a solidez efetiva-o quão sólida a tela parece para o ar-muda com o ângulo. Isso significa que o coeficiente de arrasto pode diminuir significativamente em ângulos mais rasos.

Comparando Dados Teóricos e Experimentais

Para validar nossos cálculos teóricos, comparamos com os dados experimentais obtidos em nossos testes. Descobrimos que nosso modelo prevê com precisão as forças de arrasto em várias solidificações e ângulos de ataque, especialmente com baixa solidez. No entanto, à medida que a solidez aumenta, discrepâncias surgiram, provavelmente devido a limitações nas suposições subjacentes do modelo.

Nossos resultados indicaram que telas porosas podem apresentar comportamentos aerodinâmicos únicos em comparação com placas sólidas. Ao analisarmos telas de vários designs, percebemos que certos arranjos de buracos e fibras influenciavam as forças de arrasto de maneiras inesperadas.

Conclusões

Nosso estudo apresenta um modelo abrangente para entender o fluxo de ar ao redor de telas porosas e como vários fatores como porosidade, permeabilidade e design da tela impactam as forças de arrasto. Os achados de nossos experimentos se alinham bem com as previsões teóricas, apoiando a aplicabilidade real do nosso modelo.

Com aplicações práticas que vão desde a melhoria de sistemas de coleta de névoa até máscaras faciais mais eficazes, as percepções adquiridas em nossa pesquisa podem informar melhores designs de telas porosas usadas em várias indústrias. Estudos futuros poderiam expandir nossas descobertas examinando diferentes formas e materiais, ajustando nosso modelo para atender a necessidades específicas de engenharia.

Ao desenvolver uma compreensão mais profunda do fluxo de ar tridimensional ao redor de telas porosas, podemos continuar a aprimorar designs para aumentar a eficiência e a eficácia em sistemas de controle e coleta de ar. Esse conhecimento tem o potencial de contribuir positivamente em várias áreas, ajudando tanto na conservação ambiental quanto na saúde pública.

Fonte original

Título: Three-dimensional flow around and through a porous screen

Resumo: We investigate the three-dimensional flow around and through a porous screen for various porosities at high Reynolds number Re = O(10000). Historically, the study of this problem was focused on two-dimensional cases and for a screen spanning completely or partially a channel. Since many recent problems have involved a porous object in a three-dimensional free flow, we present a three-dimensional model for porous screens, initially based on Koo & James (1973) and Steiros & Hultmark (2018), accounting for viscous effects at the vicinity of the screen, from which we can derive velocities, pressure distribution as well as aerodynamic forces. We then characterize experimentally the aerodynamic drag coefficient for a porous square screen, composed of fibers, immersed in a laminar air flow with different angles of attack. We test various fiber diameters to explore the effect of the space between the pores on the drag force. The drag prediction from the model is in good agreement with our experimental results. Our theoretical and experimental results suggest that for high solidity, a homogeneous porous screens composed of fibers can have a higher drag coefficient than a flat plate with the same dimensions. We also show that local viscous effects are important: at the same solidity and with the same air flow, the drag coefficient strongly depends on the Reynolds number based on the fiber diameter. The model, taking into account three-dimensional effects and the shape of the porous screen, may have many applications including the prediction of water collection efficiency for fog harvesters.

Autores: Olivier C. Marchand, Sophie Ramananarivo, Camille Duprat, Christophe Josserand

Última atualização: 2023-11-08 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2303.00711

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2303.00711

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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