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Novo Plano de Tratamento Diminui GVHD Depois do Transplante

Um estudo mostra que uma nova abordagem reduz as taxas de GVHD crônica pós-transplante.

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A Doença enxerto-versus-hospedeiro (DEGH) é uma complicação séria que pode rolar depois de um transplante de células hematopoéticas alogênicas. Esse procedimento envolve pegar células-tronco de um doador e transplantá-las em um paciente. A DEGH acontece quando as células imunológicas transplantadas atacam o corpo do receptor, causando várias complicações de saúde. Mesmo sendo estudada há muito tempo, a DEGH ainda é um desafio para o sucesso desses transplantes.

Tratamentos Atuais e Suas Limitações

Desde os anos 80, os médicos usam um plano de tratamento padrão para prevenir a DEGH. Esse plano inclui drogas chamadas inibidores da calcineurina e metotrexato. Mas, apesar de ajudarem, esses tratamentos também causam danos aos tecidos e não diminuem as chances de desenvolver a DEGH crônica - uma forma contínua da doença que pode ser duradoura e debilitante.

Em 2021, um novo remédio chamado abatacepte foi aprovado para prevenir a DEGH aguda. Porém, ele também não protege contra a DEGH crônica. Alguns métodos usam imunossupressores mais fortes, que podem diminuir os casos de DEGH, mas aumentam o risco de recidiva do câncer ou infecções.

Uma abordagem diferente envolve usar ciclofosfamida após o transplante. Esse método tá ganhando atenção porque pode ajudar a controlar a DEGH ao regular as células imunológicas, permitindo que as boas células se recuperem melhor.

Objetivo e Desenho do Estudo

Um estudo recente investigou se uma combinação de ciclofosfamida pós-transplante, tacrolimo e micofenolato mofetil poderia diminuir as chances de DEGH aguda e crônica sem aumentar o risco de recidiva do câncer. O estudo incluiu pacientes que receberam células-tronco bem compatíveis e passaram por um tratamento específico antes do transplante.

Os pesquisadores compararam pacientes que seguiram esse novo plano de tratamento com aqueles de estudos anteriores que receberam o tratamento padrão. O foco principal era quantos pacientes desenvolveram DEGH crônica precisando de tratamento no primeiro ano após o transplante.

Seleção de Pacientes

Os pacientes nesse estudo precisavam atender a critérios específicos, como ter no máximo 60 anos e ter um tipo de câncer de sangue que os tornasse adequados para esse transplante. Foram permitidos doadores compatíveis relacionados e não relacionados. O estudo seguiu diretrizes éticas, e todos os pacientes deram seu consentimento.

Protocolos de Tratamento

Os pacientes do estudo receberam ou irradiação corporal total (uma forma de terapia de radiação) ou uma combinação de busulfano e fludarabina, que são drogas de quimioterapia. Depois desse tratamento, eles começaram o novo plano de prevenção de DEGH alguns dias depois do transplante.

O principal objetivo era ver quantos pacientes desenvolveram DEGH crônica precisando de tratamento contínuo dentro de um ano. Os pesquisadores também revisaram casos anteriores para comparar os resultados.

Comparando Grupos

O grupo histórico de pacientes recebeu tratamentos diferentes, usando drogas padrão como ciclosporina e metotrexato. Esses pacientes anteriores foram tratados entre 2005 e 2018.

Ao comparar os dois grupos, características como idade, sexo e tipos de doenças eram similares. A maioria dos pacientes passou por irradiação corporal total, e ambos os grupos conseguiram a recuperação celular em um tempo comparável.

Resultados sobre os Resultados da DEGH

Os resultados mostraram que apenas uma pequena porcentagem (4%) dos pacientes no novo grupo de tratamento desenvolveu DEGH crônica dentro de um ano. Em contraste, um número maior de pacientes no grupo histórico acabou precisando de tratamento para DEGH crônica (34%).

Para DEGH aguda, 16% do novo grupo desenvolveram casos moderados a severos, enquanto o grupo histórico teve uma taxa bem maior. O novo plano de tratamento demonstrou um controle melhor sobre a DEGH em comparação com o tratamento antigo.

Mortalidade Não Relapsada e Taxas de Relapse

Os pesquisadores também analisaram a mortalidade não relapsada, que se refere a mortes não causadas pela volta do câncer. Os resultados indicaram que os pacientes do grupo histórico tiveram uma taxa de mortalidade não relapsada maior em comparação com os do novo grupo.

Quanto às taxas de recidiva do câncer, ambos os grupos tiveram resultados semelhantes. Porém, uma descoberta notável foi que as crianças menores de 18 anos no novo grupo de tratamento mostraram uma chance maior de recidiva em comparação com aquelas no grupo histórico.

Sobrevivência Geral e Qualidade de Vida

As taxas de sobrevivência foram melhores para os pacientes do novo grupo de tratamento, com 80% deles vivos após dois anos, em comparação com apenas 64% no grupo histórico. A qualidade de vida após o transplante também parecia melhor no novo grupo, conforme indicado por uma medida chamada sobrevivência livre de DEGH e livre de recidiva.

Fatores que Afetam a Sobrevivência

Uma análise mais aprofundada revelou que o novo tratamento significativamente diminuiu o risco de morte em comparação com o tratamento histórico. Fatores como doenças de alto risco e idade mais avançada estavam ligados a uma maior chance de morte. Enquanto isso, a origem das células-tronco (se de irmãos ou doadores não relacionados) não afetou significativamente a sobrevivência geral no novo grupo de tratamento.

Causas de Morte em Pacientes

As causas de morte variaram conforme o tipo de doador. Para pacientes que receberam células-tronco de irmãos, a recidiva foi a principal causa de morte, enquanto para aqueles com doadores não relacionados, problemas respiratórios foram mais comuns. Notavelmente, apenas uma morte foi atribuída à DEGH no novo grupo de tratamento.

Conclusão

Esse estudo destaca uma abordagem promissora na prevenção da DEGH após o transplante de células hematopoéticas. O novo plano de tratamento com ciclofosfamida pós-transplante, tacrolimo e micofenolato mofetil levou a uma incidência significativamente menor de DEGH crônica, mantendo um risco semelhante de recidiva do câncer em comparação com métodos mais antigos.

Os resultados sugerem que usar esse novo esquema pode resultar em melhores resultados tanto para pacientes adultos quanto pediátricos, embora considerações cuidadosas sejam necessárias para pacientes mais jovens devido ao aumento do risco de recidiva. No geral, essas descobertas oferecem esperança para melhorar a taxa de sucesso dos transplantes alogênicos e garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

Fonte original

Título: Phase II Study of Myeloablative 8/8- or 7/8-Matched Allotransplantation with Post-Transplant Cyclophosphamide, Tacrolimus, and Mycophenolate Mofetil: Marked Reduction in GVHD Risk Without Increased Relapse Risk Compared to Historical Cyclosporine/Methotrexate

Resumo: IntroductionGraft-versus host disease (GVHD) is a major limitation to the success of allogeneic hematopoietic cell transplant (HCT). We hypothesized that the GVHD prophylaxis regimen of post-transplant cyclophosphamide (PTCy), tacrolimus (Tac) and mycophenolate mofetil (MMF) would reduce the incidence of GVHD in patients receiving a matched or single antigen mismatched HCT without an increase in risk of malignant relapse. MethodsThis is a phase II study conducted at the University of Minnesota using a myeloablative regimen of either: (A) total body irradiation (TBI, total dose 1320 cGy, administered in 165 cGy fractions, twice a day from days -4 to -1) or (B) Busulfan 3.2mg/kg daily (cumulative AUC 19,000 - 21,000 mol/min/L) plus fludarabine 160mg/m2 days -5 to -2, followed by a GVHD prophylaxis regimen of PTCy (50mg/kg days +3 and +4), Tac and MMF (beginning day +5). The primary endpoint is cumulative incidence of chronic GVHD requiring systemic immunosuppression at 1-year post-transplant. We compared results to our previous myeloablative protocol for matched donors utilizing cyclosporine/methotrexate (CSA/MTX) GVHD prophylaxis. ResultsFrom March 2018 - June 2022, we enrolled and treated 125 pediatric and adult patients with a median follow up of 472 days. Grade II-IV acute GVHD occurred in 16% (95% confidence interval (CI): 9-23%); Grade III-IV acute GVHD was 4% (CI: 0-8%). No patients experienced grade IV GVHD, and there were no deaths due to GVHD before day 100. Only 3 developed chronic GVHD requiring immune suppression, (4%, CI: 0-8%). Two-year overall survival (OS) was 80% (CI: 69-87%), and (graft-versus-host disease-free, relapse-free survival) GRFS 57% (CI: 45-67%), both higher than historical CSA/MTX. The incidence of grade II-IV aGVHD, cGVHD, and NRM were all lower with PTCy/Tac/MMF compared to historical CSA/MTX. One-quarter (25%) experienced relapse (CI: 15-36%) similar to historical CSA/MTX. There was no statistically significant difference in survival outcomes between recipients of matched versus 7/8 donors. ConclusionMyeloablative HCT with PTCy/Tac/MMF results in extremely low incidence of severe acute or chronic GVHD, the primary endpoint of this clinical trial. Relapse risk is not increased compared to our historical CSA/MTX cohort.

Autores: Shernan G Holtan, N. El Jurdi, A. Hoover, D. O'Leary, Q. Cao, A. Gupta, C. Ebens, J. Maakaron, B. C. Betts, A. Rashidi, M. Juckett, T. Lund, V. Bachanova, M. MacMillan, J. S. Miller, P. Orchard, J. E. Wagner, G. Vercellotti, D. J. Weisdorf, K. Dusenbury, S. Terezakis

Última atualização: 2023-03-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.24.23287521

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.24.23287521.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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