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# Ciências da saúde# Anestesia

Avaliação de Erros de Medicação em Práticas de Anestesia

Uma análise dos erros de medicação na anestesia e seu impacto na segurança do paciente.

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Índice

A anestesia é uma prática médica que permite que os pacientes façam cirurgias sem sentir dor. Os anestesiologistas são médicos que se especializam em administrar anestesia aos pacientes. Eles usam vários medicamentos para manter os pacientes seguros e confortáveis durante a cirurgia. Mas, o uso de muitos medicamentos em um ambiente agitado pode levar a erros, conhecidos como Erros de Medicação.

Entendendo os Erros de Medicação

Erros de medicação acontecem quando um remédio é administrado de forma errada. Isso pode acontecer a qualquer momento durante o processo de anestesia. Por exemplo, um médico pode dar a dosagem errada, confundir medicamentos ou esquecer de administrar algum remédio. Com o alto número de medicamentos que anestesiologistas usam ao longo de suas carreiras-mais de 250 mil-esses erros são uma preocupação séria.

Pesquisas mostram que a anestesia é uma das especialidades médicas que foca na segurança do paciente. Ao longo dos anos, o número de erros graves relacionados à anestesia diminuiu. Atualmente, a chance de um paciente morrer por erro na anestesia é de cerca de 1 em 100 mil cirurgias. Muitos estudos destacam os erros de medicação como uma das principais causas de problemas durante a anestesia. Esses erros podem causar danos aos pacientes e aumentar os custos da saúde, já que podem aumentar o tempo que os pacientes precisam ficar no hospital após a cirurgia.

Destacando a Necessidade de Segurança

Várias recomendações foram feitas para melhorar a segurança dos medicamentos durante a cirurgia. No entanto, algumas dessas sugestões não funcionam bem em países com menos recursos. Por isso, é importante criar diretrizes que atendam às necessidades e capacidades de cada país.

Tipos de Erros de Medicação

Erros de medicação podem ocorrer em qualquer ponto do processo de anestesia. Embora muitos estudos tenham investigado as razões para esses erros, ainda há incerteza sobre com que frequência eles acontecem. Existem diferentes tipos de estudos, incluindo relatórios de casos e revisões de dados, que examinam a frequência desses erros e o que acontece como resultado.

Para entender melhor a situação, uma revisão recente analisou uma variedade de estudos para verificar as taxas de erros de medicação durante a anestesia. Usar diferentes desenhos de estudo pode, às vezes, dificultar tirar conclusões claras. Por exemplo, se os pesquisadores se baseiam nas pessoas para se lembrarem de erros passados, isso pode levar a resultados imprecisos. Portanto, uma definição clara do que caracteriza um erro de medicação é essencial para obter informações precisas em estudos futuros.

Esforços Globais para Melhorar a Segurança dos Medicamentos

Em 2017, a Organização Mundial da Saúde lançou a iniciativa "Medicação Sem Dano". O objetivo era reduzir em 50% os erros graves de medicação em cinco anos. No entanto, devido a diferenças entre os estudos, a taxa exata de erros de medicação na anestesia ainda não está completamente clara.

O objetivo de uma revisão sistemática de estudos recentes é reunir informações sobre com que frequência os erros acontecem, os tipos de erros, os medicamentos envolvidos, os resultados desses erros e os fatores que contribuem para eles. Ao identificar os tipos mais comuns de erros, podem ser tomadas medidas para evitá-los, melhorando assim a segurança das práticas de anestesia.

Como a Revisão Foi Conduzida

A revisão sistemática foi realizada seguindo diretrizes específicas para garantir que fosse minuciosa e confiável. A busca por estudos relevantes foi cuidadosa, focando em estudos prospectivos que rastreiam erros em tempo real, em vez de depender da memória das pessoas. Isso ajuda a reduzir as chances de viés na reportagem de erros.

Os autores pesquisaram duas grandes bases de dados, levando a milhares de estudos sendo revisados. Depois de remover duplicatas e artigos irrelevantes, dez estudos foram selecionados para a revisão. Esses estudos incluíram diversos ambientes e regiões ao redor do mundo, oferecendo uma visão ampla da situação.

Descobertas sobre Erros de Medicação

A revisão encontrou milhares de erros de medicação para analisar, combinando informações sobre erros e quase erros (eventos que poderiam ter se tornado erros, mas foram evitados a tempo). Os tipos de erros mais frequentemente relatados incluíram:

Quando classificados por tipo, os erros de substituição foram os mais comuns, seguidos por doses incorretas.

Analisando Classes de Medicamentos

Os tipos de medicamentos envolvidos nesses erros variaram. Alguns estudos agruparam medicamentos em classes, levando a achados comuns sobre quais classes estavam mais frequentemente associadas a erros. As três classes de medicamentos mais envolvidas foram:

  1. Relaxantes musculares
  2. Opioides (analgésicos)
  3. Antibióticos (usados para tratar infecções)

Esses resultados mostram um padrão específico nos erros de medicação, destacando a necessidade de práticas melhores, especialmente com relaxantes musculares, que podem ter consequências graves se mal administrados.

Resultados para os Pacientes Relacionados a Erros

Os resultados desses erros de medicação variaram de nenhum dano a danos severos. Embora muitos erros não resultassem em nenhuma lesão, alguns casos sérios foram relatados, incluindo parada cardíaca e complicações graves. Isso enfatiza a importância de esforços contínuos para melhorar as práticas de segurança durante a anestesia.

Fatores que Contribuem para os Erros

Os estudos identificaram vários fatores que contribuíram para os erros de medicação. O fator mais comumente relatado foi a falta de experiência entre anestesiologistas, enfermeiros ou estudantes. Outros fatores incluíram pressa ou pressão para continuar com o procedimento e problemas de comunicação entre a equipe médica.

Desafios e Soluções

Padronizar procedimentos na anestesia foi sugerido como uma forma de minimizar erros. Alguns estudos indicam que usar abordagens multifacetadas, como melhor rotulagem dos medicamentos e tecnologia como a leitura de códigos de barras, pode levar a reduções significativas nos erros. No entanto, esses métodos podem ser caros e podem não estar amplamente disponíveis, especialmente em regiões menos desenvolvidas.

Avançando

Futuras pesquisas devem se concentrar em identificar quais medicamentos específicos estão mais frequentemente ligados a erros. Também é importante estudar quase erros para descobrir o que impediu que se tornassem erros reais. Entender se os erros são devido a falhas humanas ou problemas dentro dos sistemas hospitalares pode ajudar a direcionar melhorias de forma eficaz.

Usar uma definição padronizada de erros de medicação em estudos futuros ajudará a criar uma imagem mais clara do problema, permitindo uma melhor análise de dados e uma compreensão mais precisa das taxas de erro.

Conclusão

Esta revisão sistemática é a primeira a focar exclusivamente em estudos prospectivos, reduzindo o risco de viés de lembrança. Ela encontrou que os erros de substituição e dosagem incorreta são comuns nas práticas de anestesia. As classes de medicamentos mais associadas a erros incluem relaxantes musculares, opioides e antibióticos. A falta de experiência do pessoal médico foi o fator mais frequentemente apontado que contribuiu para esses erros.

Ao entender essas questões, novas medidas de segurança podem ser implementadas para garantir a segurança dos pacientes que recebem anestesia durante as cirurgias. O esforço contínuo para melhorar as práticas de anestesia ajudará a minimizar o risco de danos e aprimorar o cuidado geral com os pacientes.

Fonte original

Título: Medication administration errors during general anesthesia - a systematic review of prospective studies

Resumo: IntroductionThe incidence of medication error in anesthesia can be variable among different studies likely due to recall bias in retrospective studies. In prospective survey studies, questionnaires are sent to anesthesia care providers to facilitate self-reports of medication errors during a pre-planned follow-up period. This systematic review investigates all prospective survey studies of medication errors in adult patients undergoing general anesthesia. Our objective is to identify the incidence and characteristics of the common medication errors during general anesthesia. We also want to determine the contributing factors and outcomes of these errors. MethodsWe conducted database searches of Embase and Medline for medication errors in anesthesia between 1980 to 2019 and 2020 to 2021. Ten prospective survey studies detailing medication errors involving adult patients under general anesthesia were included. Data on response rate, incidence of errors, types of error and medications, patient outcomes, and contributing factors were collected. ResultsTen studies were included of which six studies provided a response rate ranging from 53% to 97.5%. The incidence of medication errors ranged from 0.02% to 1.12% or 1 in every 90 to 5000 anesthetics. A total of 1,676 medication errors during general anesthesia were analyzed. The most reported error was the substitution error (31.6% [530/1676]), followed by incorrect dose (28.4% [476/1676]). The class of medication most associated with administration errors were muscle relaxants, opioids, and antibiotics. Most patient outcomes were of no harm. Inexperience of the anesthesiologist, nurse or student was the most reported contributing factor, followed by haste or pressure to proceed, and communication problems. ConclusionThe incidence of medication errors during general anesthesia were as high as 1.12% and the most common errors were substitution error and incorrect dose. Inexperience, time pressure, and communication problems were contributing factors. This information can be used to inform safety practices in anesthesia.

Autores: Bradley Murphy, G. Sivaratnam, J. Wong, F. Chung, A. Abrishami

Última atualização: 2023-03-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.28.23287875

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.28.23287875.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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