Fatores Genéticos no Risco de Doença de Parkinson
Pesquisas mostram ligações entre versões do gene MAPT e a suscetibilidade à doença de Parkinson.
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Índice
- Alfa-sinucleína e TAU na Doença de Parkinson
- O Papel do Gene MAPT
- Grupos de Estudo e Métodos
- Analisando Variantes Genéticas
- Descobertas de Associações Genéticas
- Interação Entre Genes
- Análise de Variantes Raras
- Necessidade de Mais Pesquisas
- Importância da Análise Estratificada
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
A doença de Parkinson (DP) é um problema no cérebro que causa dificuldades de movimento e outros sintomas. As causas da DP não são totalmente conhecidas, mas parece envolver fatores genéticos e mudanças na estrutura do cérebro. Os sintomas podem variar de pessoa pra pessoa, e a condição pode não ser uma única doença, mas sim uma mistura de várias desordens que compartilham alguns sinais comuns.
Alfa-sinucleína e TAU na Doença de Parkinson
A DP geralmente é marcada pelo acúmulo de uma proteína chamada alfa-sinucleína em aglomerados conhecidos como corpos de Lewy encontrados no cérebro. No entanto, muitas pessoas com DP também têm outra proteína chamada tau que pode se acumular no cérebro. Cerca da metade dos pacientes com DP têm tau além da alfa-sinucleína. Algumas formas genéticas de DP mostram menos alfa-sinucleína, mas mais tau, sugerindo que diferentes tipos de DP podem depender mais de uma proteína do que da outra.
O Papel do Gene MAPT
O gene MAPT é importante porque produz a proteína tau. O gene tem duas versões principais chamadas H1 e H2. A versão H1 é mais comum e tá ligada a um risco maior de desenvolver DP, enquanto a versão H2 parece diminuir esse risco. Pesquisas mostram que essas versões podem afetar como a proteína tau se comporta na DP.
Grupos de Estudo e Métodos
Em um estudo recente, os pesquisadores examinaram pacientes com DP e indivíduos saudáveis para ver como as versões do gene H1 e H2 afetam o risco de desenvolver DP. Eles analisaram dados de um grande grupo de pessoas pra detectar quaisquer mudanças genéticas específicas ligadas a cada versão. Eles dividiram os participantes em dois grupos com base no gene MAPT: um grupo tinha H1/H1 e o outro tinha H2.
Pra explorar mais o papel de alterações genéticas raras, eles também analisaram dados de participantes adicionais com sequenciamento do genoma inteiro e do exoma inteiro.
Analisando Variantes Genéticas
Os pesquisadores realizaram várias verificações nos dados genéticos pra garantir a precisão. Eles usaram métodos estatísticos especiais (regressão logística) pra encontrar diferenças significativas nas variações genéticas entre pacientes com DP e indivíduos saudáveis. Eles estabeleceram um alto padrão do que conta como um resultado sólido, pra considerar apenas associações fortes em suas descobertas.
Por meio dessas análises, eles descobriram várias localizações genéticas associadas à DP para cada versão do gene. Eles planejaram verificar se essas descobertas se manteriam em um segundo grupo de indivíduos.
Descobertas de Associações Genéticas
Na análise principal, os pesquisadores identificaram várias áreas genéticas que pareciam afetar o risco de DP de maneira diferente, dependendo se os participantes tinham H1 ou H2. Eles encontraram vários novos vínculos genéticos, um dos quais estava perto do gene VANGL1, que era significativo para aqueles com a versão H2 do gene MAPT. Outro vínculo genético estava perto do EMP1, especificamente significativo para quem tinha a versão H1.
No entanto, os pesquisadores não conseguiram replicar todas as suas descobertas em um segundo grupo como planejado, principalmente devido ao tamanho insuficiente da amostra.
Interação Entre Genes
Os cientistas também exploraram se certas variantes genéticas interagiam com as versões do gene MAPT, o que poderia influenciar o risco de DP. Eles se concentraram em como mudanças específicas em genes como VANGL1 e EMP1 trabalhavam junto com os haplótipos do MAPT.
Algumas variantes mostraram diferenças marcantes em seus efeitos com base em estarem em portadores de H1 ou H2. Por exemplo, uma variante no gene EMP1 teve um efeito protetor para quem tinha H1, enquanto parecia aumentar o risco para portadores de H2. Essas descobertas sugerem uma relação genética complexa onde o impacto de um gene pode depender de outro.
Análise de Variantes Raras
O estudo também olhou mais de perto para mudanças genéticas raras que ocorrem em baixa frequência. Eles examinaram especificamente variantes no EMP1 e descobriram que algumas mudanças raras estavam realmente associadas à DP para aqueles que tinham a versão H2. Isso foi uma descoberta significativa, indicando que variações genéticas menos comuns podem desempenhar um papel na doença.
Necessidade de Mais Pesquisas
Apesar das descobertas importantes feitas no estudo, os pesquisadores notaram que precisam validar seus resultados em grupos maiores e mais diversos, já que a maioria dos participantes era de origem europeia. Eles também reconheceram a necessidade de estudos que olhem para diferentes populações e condições pra entender completamente a genética da DP.
A pesquisa também apontou que, embora tenham identificado novos vínculos genéticos interessantes, não puderam afirmar definitivamente como esses genes interagem ou seu papel direto na causa da DP. A natureza complexa da doença significa que mais estudos serão necessários pra esclarecer essas relações.
Importância da Análise Estratificada
O estudo destacou os benefícios de olhar para fatores genéticos com mais detalhes. Dividindo os participantes com base nas versões do gene MAPT, os pesquisadores conseguiram identificar vínculos que poderiam ter sido perdidos. Essa abordagem estratificada pode ajudar a entender melhor os diferentes tipos de DP e pode levar a descobertas de tratamentos mais eficazes no futuro.
Conclusão
Resumindo, essa pesquisa lança luz sobre o complicado cenário genético envolvido na doença de Parkinson. As diferenças entre as versões do gene MAPT H1 e H2 podem desempenhar um papel significativo em como os indivíduos vivenciam a doença. As descobertas sugerem que tanto variantes genéticas novas quanto raras podem influenciar o risco de DP de forma diferente com base no histórico genético.
À medida que a compreensão da DP continua a crescer, os pesquisadores esperam que essas percepções levem a abordagens mais personalizadas no tratamento e manejo da doença. Estudos futuros serão cruciais para confirmar essas descobertas e explorar os mecanismos biológicos envolvidos.
Título: Genome-wide association study stratified by MAPT haplotypes identifies potential novel loci in Parkinsons disease
Resumo: ObjectiveTo identify genetic factors that may modify the effects of the MAPT locus in Parkinsons disease (PD). MethodsWe used data from the International Parkinsons Disease Genomics Consortium (IPDGC) and the UK biobank (UKBB). We stratified the IPDGC cohort for carriers of the H1/H1 genotype (PD patients n=8,492 and controls n=6,765) and carriers of the H2 haplotype (with either H1/H2 or H2/H2 genotypes, patients n=4,779 and controls n=4,849) to perform genome-wide association studies (GWASs). Then, we performed replication analyses in the UKBB data. To study the association of rare variants in the new nominated genes, we performed burden analyses in two cohorts (Accelerating Medicines Partnership - Parkinson Disease and UKBB) with a total sample size PD patients n=2,943 and controls n=18,486. ResultsWe identified a novel locus associated with PD among MAPT H1/H1 carriers near EMP1 (rs56312722, OR=0.88, 95%CI= 0.84-0.92, p= 1.80E-08), and a novel locus associated with PD among MAPT H2 carriers near VANGL1 (rs11590278, OR=1.69 95%CI=1.40-2.03, p= 2.72E-08). Similar analysis of the UKBB data did not replicate these results and rs11590278 near VANGL1 did have similar effect size and direction in carriers of H2 haplotype, albeit not statistically significant (OR= 1.32, 95%CI= 0.94-1.86, p=0.17). Rare EMP1 variants with high CADD scores were associated with PD in the MAPT H2 stratified analysis (p=9.46E-05), mainly driven by the p.V11G variant. InterpretationWe identified several loci potentially associated with PD stratified by MAPT haplotype and larger replication studies are required to confirm these associations.
Autores: Ziv Gan-Or, K. Senkevich, S. Bandres-Ciga, A. Cisterna-Garcia, E. Yu, B. I. Bustos, L. Krohn, S. J. Lubbe, J. A. Botia, the International Parkinsons Disease Genomics Consortium (IPDGC)
Última atualização: 2023-04-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.04.14.23288478
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.04.14.23288478.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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