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Equilibrando Eficiência e Precisão no Processamento de Dados

Um novo jeito de otimizar o uso de modelos de aprendizado de máquina pra melhorar o processamento de dados.

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Nos últimos anos, novas tecnologias começaram a mudar a forma como coletamos e analisamos dados, especialmente em dispositivos e sistemas inteligentes. Essas tecnologias são úteis em casas, cidades e processos de fabricação, além de veículos que podem dirigir sozinhos. Um ponto chave dessa transformação é o uso de deep learning (DL) para tomar decisões com base nos dados coletados de vários dispositivos. No entanto, há alguns desafios quando os dados são enviados para a nuvem para processamento. Isso pode gerar altos custos em termos de energia, largura de banda e atrasos, além de levantar preocupações sobre privacidade e confiabilidade.

Para lidar com essas questões, os pesquisadores têm se concentrado no processamento local de dados usando modelos de machine learning menores, que vamos chamar de modelos Small-ML (S-ML). Esses modelos podem operar em dispositivos com recursos limitados, como celulares e pequenos sensores. No entanto, a desvantagem é que esses modelos menores costumam não ter a mesma precisão que os modelos maiores, conhecidos como Large-ML (L-ML), que são hospedados em máquinas mais potentes chamadas Edge Servers (ESs). O desafio é encontrar um equilíbrio entre a eficiência de usar modelos locais e a precisão de usar modelos maiores baseados na nuvem.

Neste artigo, vamos explorar um novo método chamado Inferência Hierárquica (HI) que pode ajudar a alcançar esse equilíbrio. A ideia é usar os modelos menores sempre que eles puderem fornecer resultados precisos, mas mudar para os modelos maiores quando não puderem. No entanto, existe um problema: os modelos menores podem nem sempre indicar quando estão errados. Nós propomos uma solução para esse problema e explicamos como funciona.

O Desafio com Modelos Pequenos e Grandes

Os modelos S-ML são projetados para ter baixas exigências de recursos. Eles podem ser modelos simples que funcionam em dispositivos com pouco poder de processamento. No entanto, como desvantagem, eles podem não ter o mesmo nível de precisão que seus maiores equivalentes. Por exemplo, um modelo S-ML pode ser uma versão compactada de um modelo popular que ocupa apenas uma pequena quantidade de memória, mas produz previsões menos precisas.

Por outro lado, os modelos L-ML são mais sofisticados e geralmente produzem resultados melhores. Mas eles requerem mais recursos para operar, o que pode levar a atrasos devido ao tempo que leva para enviar dados para eles processarem. Essa situação cria um dilema: queremos aproveitar o processamento local para economizar tempo e recursos, enquanto também buscamos a maior precisão possível.

Para superar essa tensão entre eficiência e precisão, os pesquisadores analisaram várias opções. Uma abordagem comum é dividir a carga de trabalho entre os modelos S-ML e L-ML com base na complexidade das tarefas e nos recursos disponíveis, mas essas abordagens podem precisar de ajustes ou podem não ser eficientes o suficiente.

Inferência Hierárquica: Uma Nova Abordagem

A ideia por trás do HI é criar um sistema onde a tomada de decisão pode ser feita em dois níveis: primeiro usando o modelo S-ML e, segundo, o modelo L-ML conforme necessário. O objetivo é maximizar o uso do processamento local, enquanto se garante que, quando um modelo não toma uma decisão correta, a tarefa pode ser transferida para o servidor com o modelo maior.

Na prática, isso significa que o modelo menor tenta primeiro fazer uma previsão. Se estiver confiante em sua decisão, esse resultado é aceito; se não estiver confiante o suficiente, então os dados são enviados para o modelo maior para processamento. Isso significa que, idealmente, podemos economizar tanto tempo quanto energia confiando no modelo menor, mas também temos a rede de segurança do modelo maior para casos em que a precisão é crucial.

No entanto, implementar esse tipo de sistema HI vem com seus próprios desafios. Uma grande dificuldade é que o modelo menor nem sempre sabe quando cometeu um erro. Portanto, precisamos de um método para prever sua precisão e decidir quando mudar para o modelo maior.

A Estrutura Proposta

Para lidar com a incerteza das previsões do modelo menor, introduzimos uma estrutura de meta-aprendizagem. Essa estrutura permite que o sistema aprenda com o tempo quais decisões têm mais chances de estar corretas. Veja como funciona:

  1. Observação: Para cada amostra de dados que chega, o modelo S-ML gera uma probabilidade indicando o quão confiante ele está em sua previsão. Essa medida de confiança fornece uma base para decidir se devemos confiar na saída do modelo menor ou enviar os dados para processamento pelo modelo maior.

  2. Tomada de Decisão: A decisão de confiar no modelo local ou no modelo maior é baseada na probabilidade gerada. Se o nível de confiança for alto, o sistema provavelmente aceitará a inferência do S-ML. Se for baixo, opta pelo modelo L-ML.

  3. Aprendizado ao Longo do Tempo: O sistema pode aprender com decisões passadas, ajustando seus limiares de confiança. Isso o torna melhor em prever quando o modelo local pode lidar com as tarefas e quando precisa de ajuda.

  4. Mecanismo de Feedback: Existem dois cenários nesta estrutura. No primeiro cenário, um feedback é fornecido para cada decisão de inferência. Isso significa que, se uma tarefa é enviada para o modelo maior, o sistema aprende se essa decisão foi correta ou não. No segundo cenário, não há feedback direto disponível no momento em que a decisão é tomada.

Ao aprender continuamente e ajustar como a confiança do modelo S-ML impacta a tomada de decisão, o sistema pode melhorar seu desempenho ao longo do tempo, equilibrando as compensações entre velocidade e precisão.

Avaliando a Estrutura

Para demonstrar a eficácia dessa nova abordagem, aplicamos ela a tarefas comuns de classificação de dados usando vários conjuntos de dados. Vamos comparar nossos métodos propostos com abordagens tradicionais onde todas as tarefas são tratadas localmente ou enviadas para o servidor sem qualquer decisão inteligente.

Conjuntos de Dados Usados

  1. Imagenette: Esse conjunto de dados contém imagens de 10 classes diferentes, tornando-se um bom benchmark para tarefas de classificação.
  2. Imagewoof: Semelhante ao Imagenette, mas apresenta um conjunto mais desafiador de classes de imagens relacionadas a raças de cães.
  3. MNIST: Um conjunto de dados padrão para reconhecimento de dígitos que consiste em imagens de números manuscritos.
  4. CIFAR-10: Um conjunto de dados bem conhecido que contém imagens de 10 objetos comuns diferentes.

Para os testes, vamos comparar nossa abordagem com quatro estratégias básicas:

  • Descarregamento Perfeito: Um modelo hipotético que sempre rotearia tarefas para o modelo correto.
  • Descarregamento Fixo: Um modelo que sempre envia certas tarefas para o modelo maior.
  • Descarregamento Total: Um modelo que envia todas as tarefas para o modelo maior.
  • Sem Descarregamento: Um modelo que processa tudo localmente usando o modelo menor.

Métricas de Desempenho

Para avaliar com precisão o desempenho dos nossos métodos propostos, vamos analisar:

  • Custo Médio: Isso reflete os recursos totais (tempo, energia) usados durante o processamento.
  • Precisão: Mede quantas tarefas foram corretamente classificadas.

Resultados e Discussões

Comparação de Algoritmos

Nos experimentos, descobrimos que nossa estrutura faz um excelente trabalho em minimizar custos enquanto mantém a precisão. Especificamente, ao comparar os custos médios incorridos pelos nossos algoritmos com as estratégias de referência, observamos que:

  1. Nossa abordagem HI consistentemente supera modelos que sempre descarregam ou sempre processam localmente.
  2. A precisão alcançada pelos nossos algoritmos é muitas vezes muito maior do que a dos modelos menores usados sozinhos, mostrando o benefício de usar um modelo maior quando necessário.

Insights sobre Aprendizado e Feedback

Curiosamente, também notamos que ter feedback influencia significativamente o processo de aprendizado. Quando o feedback estava disponível, o sistema se adaptou mais rapidamente aos padrões de dados, resultando em uma melhor tomada de decisão ao longo do tempo. Em contraste, sem feedback, o sistema confiava mais em palpites iniciais, levando a mais descarregamentos do que o necessário.

Isso indica a importância de ciclos de feedback em processos de aprendizado de máquina e otimização. Sistemas com mecanismos para aprender com seus erros tendem a superar aqueles que não têm.

Conclusão

Em resumo, o sistema de Inferência Hierárquica proposto oferece uma nova maneira de utilizar modelos pequenos e grandes de machine learning de forma eficaz. Ao decidir inteligentemente quando usar o processamento local versus remoto, podemos alcançar uma melhor eficiência e precisão em tarefas de classificação de dados.

Essa abordagem também demonstra o papel crítico do aprendizado contínuo e do feedback na otimização de processos de machine learning. À medida que continuamos a avançar nas tecnologias em dispositivos de borda e sistemas inteligentes, estratégias como o HI podem abrir caminho para soluções mais inteligentes e eficientes que atendam às crescentes demandas por precisão e velocidade no processamento de dados.

O trabalho não é apenas um exercício acadêmico; tem implicações práticas para desenvolvedores e engenheiros que trabalham em aplicações do mundo real, especialmente em áreas onde as limitações de recursos são uma preocupação, mas a precisão continua sendo primordial. Com desenvolvimentos futuros, essa estrutura pode se tornar ainda mais refinada, levando potencialmente a reduções adicionais no uso de recursos enquanto melhora o desempenho.

Fonte original

Título: Online Algorithms for Hierarchical Inference in Deep Learning applications at the Edge

Resumo: We consider a resource-constrained Edge Device (ED), such as an IoT sensor or a microcontroller unit, embedded with a small-size ML model (S-ML) for a generic classification application and an Edge Server (ES) that hosts a large-size ML model (L-ML). Since the inference accuracy of S-ML is lower than that of the L-ML, offloading all the data samples to the ES results in high inference accuracy, but it defeats the purpose of embedding S-ML on the ED and deprives the benefits of reduced latency, bandwidth savings, and energy efficiency of doing local inference. In order to get the best out of both worlds, i.e., the benefits of doing inference on the ED and the benefits of doing inference on ES, we explore the idea of Hierarchical Inference (HI), wherein S-ML inference is only accepted when it is correct, otherwise the data sample is offloaded for L-ML inference. However, the ideal implementation of HI is infeasible as the correctness of the S-ML inference is not known to the ED. We propose an online meta-learning framework that the ED can use to predict the correctness of the S-ML inference. In particular, we propose to use the maximum softmax value output by S-ML for a data sample and decide whether to offload it or not. The resulting online learning problem turns out to be a Prediction with Expert Advice (PEA) problem with continuous expert space. We propose two different algorithms and prove sublinear regret bounds for them without any assumption on the smoothness of the loss function. We evaluate and benchmark the performance of the proposed algorithms for image classification application using four datasets, namely, Imagenette and Imagewoof, MNIST, and CIFAR-10.

Autores: Vishnu Narayanan Moothedath, Jaya Prakash Champati, James Gross

Última atualização: 2024-02-15 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.00891

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.00891

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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