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O Papel do Meio Circumgaláctico na Evolução das Galáxias

Explore o impacto do meio circumgaláctico na formação e crescimento de galáxias.

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O meio circumgaláctico (CGM) é o gás que rodeia uma galáxia, se estendendo por várias centenas de quiloparsecs a partir do seu centro. Esse gás é fundamental para o crescimento e evolução das galáxias porque serve como o principal reservatório do qual as galáxias puxam material para formar estrelas e do qual elas expelirão gás durante eventos explosivos como supernovas. O equilíbrio entre essas entradas e saídas molda as características das galáxias e influencia seu ciclo de vida.

O que é o CGM?

O CGM é composto principalmente de gás que pode ser quente, morno ou frio, com várias composições químicas. Esse meio atua como uma ponte ligando o espaço intergaláctico e a galáxia. Através dos processos de acreção e saídas, o CGM desempenha um papel central em determinar como as galáxias formam novas estrelas, crescem suas massas e evoluem ao longo do tempo.

Quando o gás frio do CGM cai em uma galáxia, ele alimenta a Formação de Estrelas. Por outro lado, o gás quente pode ser empurrado para o CGM através dos ventos galácticos gerados por estrelas e Núcleos Galácticos Ativos (AGN). Esses ventos podem esgotar o material formador de estrelas disponível em uma galáxia, levando a mudanças na taxa de formação de estrelas.

A importância dos Núcleos Galácticos Ativos (AGN)

Os núcleos galácticos ativos são alimentados por buracos negros supermassivos nos centros das galáxias. Quando material cai nesses buracos negros, pode liberar enormes quantidades de energia-isso é o que chamamos de feedback de AGN. Esse feedback pode ter um impacto significativo no CGM e na própria galáxia.

Os AGN podem operar em dois modos principais: o modo quasar, onde uma grande quantidade de energia é liberada como radiação, e o modo rádio, que é menos energético, mas ainda pode impulsionar saídas de gás em grande escala através de jatos. Esses jatos podem influenciar o gás ao redor, aquecendo-o e alterando sua distribuição.

Evidências observacionais do feedback de AGN

Observações astronômicas mostraram que o feedback de AGN é crucial para entender o crescimento das galáxias e seus buracos negros centrais. Vários estudos documentaram como o feedback de AGN pode interromper a formação de estrelas em galáxias massivas e regular seu crescimento empurrando gás para fora de seus centros.

Usando simulações, os cientistas podem modelar esses processos de feedback e examinar como eles afetam o CGM. Por exemplo, a presença de jatos pode criar uma distribuição anisotrópica (dependente de direção) do gás ao redor das galáxias. Isso significa que as propriedades do CGM podem variar significativamente com base em sua orientação em relação à galáxia.

Simulando o CGM

Simulações hidrodinâmicas oferecem uma maneira de estudar os efeitos do feedback de AGN no CGM. Ao incluir vários processos físicos, como formação de estrelas e entrada de energia dos AGN, essas simulações permitem que os pesquisadores gerem modelos realistas de como as galáxias evoluem e como seus ambientes mudam.

Uma abordagem que tem sido usada nessas simulações é criar uma grande amostra de galáxias e examinar o gás ao seu redor. Isso envolve medir a densidade do gás, temperatura e metallicidade, e observar como essas propriedades variam com a distância da galáxia central.

Anisotropia no CGM

Pesquisadores observaram que o gás no CGM pode exibir diferentes propriedades dependendo de sua orientação em relação à galáxia. Por exemplo, estudos mostraram que a temperatura e a densidade do gás podem ser mais baixas ao longo de certos eixos, como na direção dos jatos de AGN.

Essa anisotropia pode ser quantificada usando uma medida estatística conhecida como momento quadrupolar, que ajuda a avaliar quão pronunciadas são essas variações. Se o CGM for isotrópico, esse valor ficaria perto de zero, indicando nenhuma direção preferida. Alternativamente, um valor positivo ou negativo substancial sugeriria um claro viés direcional na distribuição do gás.

Mecanismos de feedback e seu impacto

As interações complexas no CGM são influenciadas por diferentes mecanismos de feedback. Por exemplo, jatos de AGN podem empurrar gás para fora do meio circundante, enquanto processos de formação de estrelas contribuem para aquecer e enriquecer esse gás com metais. Esses ciclos de feedback criam um ambiente dinâmico onde o gás pode ser tanto adicionado quanto removido das galáxias.

No contexto das simulações, os efeitos de ativar ou desativar processos de feedback específicos podem levar a diferenças observáveis no CGM. Por exemplo, remover jatos de AGN pode resultar em uma Distribuição de Gás mais isotrópica, destacando o papel significativo que esses jatos desempenham na formação do CGM.

Tipos de galáxias e sua influência no CGM

As galáxias podem ser classificadas com base em sua atividade de formação de estrelas. Galáxias formadoras de estrelas criam estrelas ativamente, enquanto galáxias do vale verde estão em transição e podem estar interrompendo a formação de estrelas. Galáxias apagadas mostram pouca ou nenhuma formação de estrelas. Cada tipo exibe propriedades distintas em seu CGM, muitas vezes influenciadas pelo seu status de formação de estrelas e pela presença do feedback de AGN.

Nas galáxias formadoras de estrelas, as entradas do CGM são cruciais para sustentar a formação de estrelas. No entanto, à medida que essas galáxias evoluem para estados do vale verde e apagados, o feedback de AGN se torna mais dominante em ditar as propriedades do CGM. Galáxias apagadas tendem a ter menos gás disponível, resultando em taxas de formação de estrelas mais baixas e uma distribuição diferente das propriedades do gás.

O papel da massa estelar

A massa de uma galáxia também desempenha um papel essencial em determinar como o CGM se comporta. Galáxias menos massivas podem experimentar entradas mais significativas de gás do CGM, permitindo que elas formem estrelas mais facilmente. Em contraste, galáxias mais massivas podem ser dominadas pelo feedback de AGN, levando ao esgotamento de gás e à interrupção da formação de estrelas.

À medida que as galáxias transitam por diferentes faixas de massa, a interação entre a entrada e a saída do CGM se torna cada vez mais complexa. Isso torna as simulações críticas para entender como diferentes galáxias de massa interagem com seus ambientes e quais efeitos os mecanismos de feedback têm em sua evolução.

Observações e simulações

Observações do CGM geralmente requerem técnicas sofisticadas, como observações de raios-X e rádio, para revelar o gás escondido ao redor das galáxias. Os dados obtidos a partir dessas observações podem ser comparados às previsões feitas por simulações para avaliar o quanto elas se alinham com as teorias existentes.

Através dessa abordagem comparativa, os pesquisadores podem refinar sua compreensão do feedback de AGN e do papel do CGM na formação e evolução das galáxias. Cada novo avanço observacional abre oportunidades adicionais para testar os modelos e validar os processos que governam as galáxias do universo.

Direções futuras na pesquisa do CGM

À medida que a tecnologia avança, a capacidade de estudar o CGM em mais detalhes melhora. Futuras pesquisas astronômicas e simulações permitirão investigações mais abrangentes sobre como o CGM e o feedback de AGN interagem ao longo de diferentes escalas de tempo cósmico.

Entender as propriedades e o comportamento do CGM pode fornecer insights profundos sobre a formação e evolução das galáxias. À medida que os cientistas continuam a explorar essa área intrincada de pesquisa, eles podem descobrir os mecanismos subjacentes à vasta gama de tipos de galáxias e seus caminhos evolutivos.

Conclusão

O estudo do meio circumgaláctico e sua relação com núcleos galácticos ativos representa uma fronteira crucial na compreensão da evolução das galáxias. Ao combinar insights observacionais com simulações teóricas, os pesquisadores podem começar a desvendar as interações complexas que moldam as galáxias do universo e garantir que futuros estudos se baseiem nesse conhecimento fundamental. À medida que aprendemos mais sobre o papel do AGN e do CGM na evolução das galáxias, também aprofundamos nossa apreciação pelas intricadas teias cósmicas que conectam galáxias através de vastas distâncias.

Fonte original

Título: Feedback-driven anisotropy in the circumgalactic medium for quenching galaxies in the SIMBA simulations

Resumo: We use the SIMBA galaxy formation simulation suite to explore anisotropies in the properties of circumgalactic gas that result from accretion and feedback processes. We particularly focus on the impact of bipolar active galactic nuclei (AGN) jet feedback as implemented in SIMBA, which quenches galaxies and has a dramatic effect on large-scale gas properties. We show that jet feedback at low redshifts is most common in the stellar mass range $(1-5)\times 10^{10}M_\odot$, so we focus on galaxies with active jets in this mass range. In comparison to runs without jet feedback, jets cause lower densities and higher temperatures along the galaxy minor axis (SIMBA jet direction) at radii >=$0.5r_{200c}-4r_{200c}$ and beyond. This effect is less apparent at higher or lower stellar masses, and is strongest within green valley galaxies. The metallicity also shows strong anisotropy out to large scales, driven by star formation feedback. We find substantially stronger anisotropy at

Autores: Tianyi Yang, Romeel Davé, Weiguang Cui, Yan-Chuan Cai, John A. Peacock, Daniele Sorini

Última atualização: 2023-10-18 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.00602

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.00602

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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