Avaliação do Processamento de Linguagem para Idiomas Subrepresentados
Um benchmark tem o objetivo de melhorar a tecnologia para idiomas com dados limitados.
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Índice
A escassez de dados é um problema grande na hora de criar sistemas de processamento de linguagem que funcionem com várias línguas. Muitas línguas estão sub-representadas nesse campo. Essas são línguas que não receberam muita atenção em pesquisas e desenvolvimento, dificultando atender às necessidades de seus falantes. Para resolver isso, criamos um benchmark que foca especificamente na falta de dados nessas línguas. Esse benchmark destaca tarefas que os usuários dessas línguas frequentemente encontram no dia a dia, como acessar informações ou usar tecnologias linguísticas.
Visão Geral do Benchmark
Nosso benchmark é único porque se concentra em línguas que têm dados limitados. Ele avalia como os modelos de linguagem se saem em várias tarefas que são relevantes para usuários dessas línguas sub-representadas. Ao analisar 88 línguas diferentes, conseguimos entender melhor como esses modelos conseguem lidar com tarefas como Reconhecimento Automático de Fala (ASR), Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR), Tradução Automática (MT) e mais.
Queremos preencher uma lacuna fornecendo novos conjuntos de dados para tarefas como OCR e análise semântica. Esses conjuntos de dados foram feitos para serem criados com um tempo de anotação mínimo, enfatizando a usabilidade prática. A ideia é permitir que os pesquisadores avaliem diferentes modelos em condições que imitam cenários da vida real nessas línguas.
Foco em Tarefas Centrada no Usuário
Reconhecemos que os falantes de línguas sub-representadas têm necessidades diversas. Eles podem precisar de tecnologia para diferentes propósitos, como documentação, tradução ou comunicação diária. Por isso, nosso benchmark mira em tarefas centradas no usuário que são amplamente adotadas entre as línguas. Isso inclui tarefas que permitem que os usuários interajam facilmente com a tecnologia, ajudem a acessar informações ou convertam a linguagem falada em texto.
Estamos nos afastando de métodos tradicionais que buscam modelos que funcionem em um cenário de zero-shot, focando em como eles performam com dados limitados. Essa abordagem nos ajuda a identificar o que funciona melhor para essas línguas e a estabelecer um padrão para pesquisas futuras.
Criação de Conjuntos de Dados
Para criar os conjuntos de dados, focamos em tarefas que podem ser realisticamente realizadas com dados mínimos disponíveis para cada língua. Definimos um limite claro na quantidade de dados de treinamento que cada língua pode ter, baseado em quantos exemplos podem ser anotados em um tempo razoável. Isso garante que o benchmark reflita os limites do mundo real que os pesquisadores enfrentam ao lidar com línguas sub-representadas.
Os conjuntos de dados para nosso benchmark incluem:
- Reconhecimento Automático de Fala (ASR): Essa tarefa converte linguagem falada em texto escrito.
- Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR): Essa tarefa extrai texto de imagens.
- Autocompletar: Essa tarefa prevê a próxima palavra enquanto o usuário digita.
- Tradução Automática (MT): Essa tarefa traduz texto de uma língua para outra.
- Resposta a Perguntas (QA): Essa tarefa envolve responder perguntas com base no texto fornecido.
Cada uma dessas tarefas é projetada para avaliar o quão bem os modelos de linguagem modernos se saem com os dados limitados disponíveis nessas línguas.
Tarefas Centrais
Reconhecimento Automático de Fala (ASR)
ASR é crucial para converter linguagem falada em texto. Usamos gravações de várias línguas para treinar os modelos, permitindo que eles entendam e transcrevam a fala com precisão. Essa tarefa é especialmente importante para quem prefere falar em vez de digitar.
Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR)
OCR pega texto de imagens e transforma em texto digital. Isso é vital para acessar material escrito que não está disponível em formato digital, o que é comum em línguas sub-representadas. Criamos conjuntos de dados que focam em coleções maiores de textos de alta qualidade de várias línguas, garantindo uma ampla cobertura.
Autocompletar
Autocompletar ajuda os usuários prevendo a próxima palavra que eles estão prestes a digitar. Essa tarefa melhora a experiência do usuário tornando a digitação mais rápida. Ao criar um conjunto de dados que simula cenários reais de digitação, conseguimos avaliar melhor o desempenho dos modelos.
Tradução Automática (MT)
Tradução automática é essencial para quem precisa ler ou entender conteúdo em uma língua diferente da sua. Nosso conjunto de dados liga línguas com muitos recursos, como o inglês, a línguas sub-representadas, permitindo traduções eficazes e acesso à informação.
Resposta a Perguntas (QA)
QA permite que os usuários façam perguntas e recebam respostas com base no texto disponível. Desenvolvemos um conjunto de dados que encoraja os modelos a identificar respostas de forma eficaz, imitando situações reais de perguntas e respostas.
Metodologia de Avaliação
Para avaliar o quão bem os modelos se saem nessas tarefas, consideramos diferentes métricas de avaliação. Nossa abordagem enfatiza identificar pontos fortes e fracos em como os modelos de linguagem lidam com línguas sub-representadas.
Métricas de Desempenho
Para cada tarefa, avaliamos o desempenho do modelo usando métricas apropriadas para as tarefas específicas, como taxa de erro de caracteres (CER) para ASR e precisão para tarefas de tradução. Nossa avaliação considera quão bem os modelos se adaptam ao cenário de dados limitados, orientando avanços futuros na tecnologia para essas línguas.
Descobertas e Insights
Nossa análise revela lacunas significativas nos modelos atuais ao lidar com línguas sub-representadas. Os resultados sugerem que, embora haja melhorias na tecnologia, ainda tem muito trabalho pela frente.
Pontos Fortes e Limitações
Observamos que modelos baseados em byte muitas vezes superam modelos baseados em subpalavras quando trabalham com línguas sub-representadas. Isso indica que esses modelos podem ser mais adequados para lidar com diferentes sistemas de escrita e línguas únicas. No entanto, ainda existem disparidades de desempenho entre as línguas. Certas línguas consistentemente apresentam resultados mais baixos devido às suas características linguísticas únicas.
Áreas Potenciais para Melhoria
Com base em nossas descobertas, há áreas claras para melhoria. Modelos têm dificuldades com línguas que possuem scripts ou estruturas linguísticas diferentes. Problemas como conjuntos de dados de baixa qualidade e a falta de dados de treinamento robustos impactam significativamente o desempenho.
Direções Futuras
À medida que avançamos, é essencial expandir nossos esforços na criação de mais conjuntos de dados para línguas sub-representadas. Ao aumentar a variedade e o volume de dados disponíveis, podemos melhorar o desempenho dos modelos e garantir que a tecnologia seja acessível a todos os falantes de línguas.
Engajamento da Comunidade
Incentivamos a comunidade de pesquisa a se envolver com nosso benchmark, compartilhar suas opiniões e contribuir para o desenvolvimento contínuo de línguas sub-representadas. Esforços colaborativos serão fundamentais para garantir que os avanços em tecnologia beneficiem a todos, independentemente de sua origem linguística.
Conclusão
Estabelecemos um benchmark abrangente focado em línguas sub-representadas com dados limitados. Ao concentrar-se em tarefas centradas no usuário e cenários de dados realistas, podemos avaliar melhor o quão bem os modelos se saem e contribuir para o avanço da tecnologia nesse espaço. Nosso trabalho visa destacar os desafios enfrentados pelos falantes dessas línguas e inspirar mais progresso no processamento de linguagem natural que seja realmente inclusivo.
Título: XTREME-UP: A User-Centric Scarce-Data Benchmark for Under-Represented Languages
Resumo: Data scarcity is a crucial issue for the development of highly multilingual NLP systems. Yet for many under-represented languages (ULs) -- languages for which NLP re-search is particularly far behind in meeting user needs -- it is feasible to annotate small amounts of data. Motivated by this, we propose XTREME-UP, a benchmark defined by: its focus on the scarce-data scenario rather than zero-shot; its focus on user-centric tasks -- tasks with broad adoption by speakers of high-resource languages; and its focus on under-represented languages where this scarce-data scenario tends to be most realistic. XTREME-UP evaluates the capabilities of language models across 88 under-represented languages over 9 key user-centric technologies including ASR, OCR, MT, and information access tasks that are of general utility. We create new datasets for OCR, autocomplete, semantic parsing, and transliteration, and build on and refine existing datasets for other tasks. XTREME-UP provides methodology for evaluating many modeling scenarios including text-only, multi-modal (vision, audio, and text),supervised parameter tuning, and in-context learning. We evaluate commonly used models on the benchmark. We release all code and scripts to train and evaluate models
Autores: Sebastian Ruder, Jonathan H. Clark, Alexander Gutkin, Mihir Kale, Min Ma, Massimo Nicosia, Shruti Rijhwani, Parker Riley, Jean-Michel A. Sarr, Xinyi Wang, John Wieting, Nitish Gupta, Anna Katanova, Christo Kirov, Dana L. Dickinson, Brian Roark, Bidisha Samanta, Connie Tao, David I. Adelani, Vera Axelrod, Isaac Caswell, Colin Cherry, Dan Garrette, Reeve Ingle, Melvin Johnson, Dmitry Panteleev, Partha Talukdar
Última atualização: 2023-05-24 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.11938
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.11938
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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