O Impacto do Feedback de AGN na Dinâmica do Gás
Este estudo analisa como os fluxos de gás se relacionam com os estágios evolutivos dos AGN de rádio.
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Índice
Núcleos Galácticos Ativos (AGN) são fontes de energia poderosas que ficam nos centros de algumas galáxias. Eles podem influenciar bastante como suas galáxias hospedeiras se desenvolvem ao longo do tempo. Uma das formas que os AGN afetam o que está ao redor é através do que chamamos de feedback de AGN. Esse feedback pode levar à ejeção de gás da galáxia, o que normalmente chamamos de Saídas de Gás.
Nos AGN de rádio, que são um subconjunto de AGN que emitem ondas de rádio fortes, detectar essas saídas de gás pode ajudar a gente a entender como os AGN mudam com o tempo. No entanto, ainda não está claro como essas saídas se relacionam com o estágio de evolução do AGN. Esse estudo tem como objetivo explorar essa relação.
Objetivos da Pesquisa
O principal objetivo deste estudo é investigar a ligação entre as saídas de gás e os estágios evolutivos dos AGN de rádio. Queremos saber se as características das emissões de rádio podem servir como indicadores do ciclo de vida do AGN. Analisando uma amostra específica de AGN de rádio e suas saídas associadas, queremos descobrir padrões que surgem à medida que o AGN evolui.
Métodos
Seleção da Amostra
Para realizar essa pesquisa, selecionamos 129 AGN de rádio. Focamos em sistemas que têm conexões claras com suas galáxias hospedeiras e o gás ao redor. Para cada AGN selecionado, analisamos várias propriedades, incluindo suas emissões de rádio e saídas de gás.
Coleta de Dados
Coletamos dados de várias pesquisas de rádio para capturar uma ampla gama de frequências. Isso incluiu pesquisas que operam em frequências baixas, assim como aquelas que capturam emissões em frequências mais altas. Juntos, esses dados nos ajudam a entender como as emissões de rádio mudam conforme o AGN evolui.
Além dos dados de rádio, coletamos espectros ópticos para esses AGN. A espectroscopia óptica fornece insights sobre as propriedades do gás ionizado ao redor desses AGN.
Técnicas de Análise
Para analisar os dados, aplicamos uma técnica de empilhamento. Isso significa que, em vez de olhar para AGN individuais, combinamos os espectros de várias fontes para aumentar o sinal e observar tendências. Esse método nos permite identificar padrões e correlações que podem não ser perceptíveis ao examinar cada fonte de forma independente.
Principais Descobertas
Saídas de Gás e Forma Espectral de Rádio
Nossas descobertas revelam uma forte conexão entre a saída de gás ionizado e a forma espectral de rádio do AGN. Especificamente, AGN de rádio jovens, identificados por um espectro de rádio picado, tendem a ter uma cinemática de gás mais perturbada. Isso significa que, à medida que o AGN evolui, as interações entre os jatos de rádio e o gás ao redor mudam significativamente.
Descobrimos que fontes com um espectro de rádio picado tendem a impulsionar saídas mais amplas em comparação com aquelas com um espectro óptico fino. A presença dessas saídas sugere que AGN mais jovens são mais eficazes em influenciar o gás ao redor.
Estágios Evolutivos dos AGN
O estudo sugere que o feedback dos AGN sobre o gás ionizado evolui durante seu ciclo de vida. Jatos de rádio jovens são eficazes em limpar gás à medida que se expandem. À medida que os AGN amadurecem, eles podem encontrar menos gás ao redor, levando a uma atividade de saída reduzida.
Nossa análise mostrou que a ausência de saídas em AGN mais velhos pode indicar que os processos energéticos são menos dinâmicos do que eram no início de seus ciclos de vida.
Papel das Propriedades de Rádio
Tentamos discernir quaisquer correlações entre a influência de várias propriedades de rádio, como morfologia e luminosidade, na presença de saídas. Apesar de algumas variações, não observamos uma dependência significativa dessas propriedades. Isso implica que o feedback relacionado à forma espectral de rádio é o principal fator de impulso na dinâmica do gás, em vez das características específicas de rádio do AGN.
Ligação com a Razão de Eddington
A razão de Eddington, que reflete o equilíbrio entre a pressão da radiação e a força gravitacional nos AGN, também foi examinada. Exploramos sua relação com as saídas de gás. No entanto, os resultados foram inconclusivos e sugeriram que a influência da pressão da radiação nas saídas em nossa amostra pode não ser tão significativa quanto se pensava anteriormente.
A análise geral sugeriu que as variações na dinâmica das saídas são provavelmente impulsionadas mais pelas propriedades dos jatos de rádio do que pela pressão da radiação.
Energética da Saída
Para avaliar como essas saídas afetam suas galáxias hospedeiras, estimamos suas taxas de saída de massa e potência cinética. A Taxa de Saída de Massa fornece uma ideia da quantidade de gás sendo expelido pelo AGN, enquanto a potência cinética quantifica a energia da saída.
Estimando a Taxa de Saída de Massa
Usando vários métodos, calculamos a taxa de saída de massa para os AGN em nossa amostra. A faixa observada foi comparável a descobertas de outros estudos, mostrando que até AGN de rádio menos poderosos podem ter saídas significativas.
Potência Cinética das Saídas
Também estimamos a potência cinética para as saídas. Essa medida ajuda a entender quanta energia é transportada pelo gás em saída. Embora as taxas que encontramos fossem menores do que as vistas em AGN mais poderosos, ainda são cruciais para entender os mecanismos de feedback dos AGN.
Candidatos a AGN Reiniciados
Durante nossa análise, identificamos alguns candidatos a AGN que mostram características de atividade episódica. Essas fontes mostraram sinais de emissões estendidas em frequências mais baixas, mas não em frequências mais altas. Esse padrão indica que podem estar em um estado de transição, sugerindo um ciclo de atividade onde o AGN pode reiniciar após períodos de dormência.
Implicações das Descobertas
O estudo fortalece a teoria de que o feedback dos AGN de rádio sobre o gás ionizado está intimamente ligado às fases de vida do próprio AGN. A interação entre os jatos de rádio e o gás ao redor é mais eficaz durante as fases iniciais e ativas do AGN. À medida que os jatos envelhecem e potencialmente se tornam menos energéticos, sua influência sobre o gás diminui.
Além disso, nossos resultados incentivam investigações adicionais sobre a dinâmica das saídas de gás em AGN de rádio. Entender como essas saídas evoluem ao longo do tempo pode fornecer insights mais profundos sobre a formação e evolução das galáxias.
Direções para Pesquisas Futuras
Mais estudos são necessários para expandir nossas descobertas. Uma amostra maior, especialmente entre AGN mais poderosos, proporcionaria mais clareza sobre as relações entre as propriedades dos AGN e a dinâmica do gás.
Investigar a interação do efeito da saída sobre a formação de estrelas também será uma avenida crítica para a pesquisa. Compreender como essas interações evoluem pode oferecer uma perspectiva mais ampla sobre o papel dos AGN na formação de suas galáxias hospedeiras.
Em conclusão, nossa pesquisa enriquece a compreensão dos mecanismos de feedback dos AGN em suas galáxias hospedeiras e destaca a importância do estágio evolutivo dos AGN em afetar o gás ionizado ao redor.
Título: Ionised gas outflows over the radio AGN life cycle
Resumo: Feedback from AGN is known to affect the host galaxy's evolution. In radio AGN, one manifestation of feedback is seen in gas outflows. However, it is still not well understood whether the effect of feedback evolves with the radio AGN life cycle. In this study, we investigate this link using the radio spectral shape as a proxy for the evolutionary stage of the AGN. We used [OIII] emission line spectra to trace the presence of outflows on the ionised gas. Using a sample of uniformly selected 129 radio AGN with $L_\textrm{1.4GHz}\approx10^{23}-10^{26}$ W Hz$^{-1}$, and a mean stacking analysis of the [OIII] profile, we conclude that the ionised gas outflow is linked to the radio spectral shape, and it evolves with the evolution of the radio source. We find that sources with a peak in their radio spectra (optically thick), on average, drive a broad outflow ($FWHM\approx1330\pm418$ km s$^{-1}$) with a velocity $v_\textrm{out}\approx 240$ km s$^{-1}$. However, we detect no outflow in the stacked [OIII] profile of sources without a peak in their radio spectrum. In addition, we find that individual outflow detections are kinematically more extreme in peaked than non-peaked sources. We conclude that radio jets are most effective at driving gas outflows when young, and the outflow is typically short lived. Our stacking analysis shows no significant dependence of the presence of ionised gas outflows on the radio morphology, 1.4 GHz luminosity, optical luminosity and Eddington ratio of these sources. We also identify candidate restarted AGN in our sample, whose [OIII] profiles suggest that they have more disturbed gas kinematics than their evolved counterparts, although the evidence for this is tentative. Our findings support the picture where the impact of AGN feedback changes as the source evolves, and young radio jets interact with the ambient medium, clearing a channel of gas as they expand.
Autores: Pranav Kukreti, Raffaella Morganti, Clive Tadhunter, Francesco Santoro
Última atualização: 2023-05-05 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.03725
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.03725
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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